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Polícia
Segunda - 10 de Outubro de 2011 às 17:48
Por: Welington Sabino

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Após 2 dos acusados saírem inocentados na primeira sessão de julgamento dos acusados de queimarem 3 assaltantes vivos há 21 anos em Matupá (695 Km ao norte de Cuiabá), os defensores de outros 5 acusados que sentam no banco dos réus nesta segunda-feira (10) encontram um novo culpado pela chacina. Como tática para inocentar os supostos envolvidos, os 8 advogados que participam do julgamente acusam o Estado de Mato Grosso como o principal responsável pelo crime bárbaro que repercutiu mundialmente há mais de 2 décadas.

Os defensores dos réus Donizete Bento dos Santos, Gerson Luiz Turcatto, Paulo Cezar Turcatto, Mauro Pereira Bueno e Airton José de Andrade, tentam convencer durante esta tarde que o Estado foi incompetente para proteger a família que ficou refém dos assaltantes. E por tal motivo, nas palavras da defesa, a responsabilidade pela conhecida Chacina de Matupá é do Estado e também da Polícia Militar, que “entregou os bandidos à população revoltada”.

Consta no processo que os bandidos renderam uma família e fizeram reféns 5 pessoas, entre elas crianças e uma mulher grávida, e após mais de 15h de nogociações resolveram se entregarem. Foi quando os policiais militares teriam entregado as vítimas, os irmãos Ivacir Garcia dos Santos, 31 e Arci Garcia dos Santos, 28, e o comparsa Osvaldo José Bachinan, 32, a caminho do aeroporto já que seriam transferidos para outra cidade, para a população revoltada que clamava por “justiça”. Os criminosos foram vítimas de tiros, de pauladas, chutes, e após a sessão de linchamento, os populares jogaram gasolinha e ateram fogo neles ainda vivos.

Um cinegrafista amador registrou toda a cena, que correu o mundo ganhando repercussão internaiconal. Foi através das imagens que os 18 réus que agora enfrentam o julgamente foram reconhecidos pela participação na chacina ocorrida em novembro de 1990.

Entretanto, dessa vez, durante o julgamento, conforme a assessoria do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, os advogados alegam que os réus, todos trabalhadores, foram coagidos pela polícia a cometerem tal barbárie. Disseram ainda que os valores estão invertidos e que, na realidade, os réus foram as verdadeiras vítimas dos assaltantes, que durante a tentativa de assalto mantiveram uma mulher grávida e crianças reféns, e que a população escutava o grito de desespero da mulher e das crianças enquanto a negociação com a polícia se desenrolava. Afirmaram ainda que depois desse fato não houve casos semelhantes em Matupá.





Fonte: A Gazeta

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