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Política
Terça - 11 de Outubro de 2011 às 05:47

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Há mais de duas semanas fora do cargo por renuncia, o suplente de deputado federal Saguas Moraes ainda aguarda o chamado do governador Silval Barbosa para discutir seu retorno à Secretaria de Educação, em lugar de Rosa Neides Sandes de Almeida. Porém, o  que parecia uma pura simples troca por deliberação  partidária no comando de uma pasta governamental administrada pelo Partido dos Trabalhadores,  reserva capítulos tensos. Motivo: o Governo decidiu retardar a mudança na Seduc para, pelo menos, até o final do ano.

Com isso, Barbosa reduz o chamado “feudo” partidário que vem caracterizando a Secretaria de Educação – pelo menos aparentemente. É voz corrente de que a Seduc “pertence” ao PT. Particularmente, ao grupo dominante da sigla, liderados por Carlos Abicalil, hoje ocupando um cargo no Ministério da Educação, após o fracasso nas urnas na disputa ao Senado; Alexandre César, procurador do Estado; e o próprio Moraes. “Silval se encher disso. A Secretaria é do Governo” – garante uma fonte política.

A volta de Saguas Moraes à direção da Secretaria de Educação, cargo que exerceu até disputar a eleição para deputado federal começou a ser articulada logo depois que ele perdeu as esperanças de reconquistar a vaga de deputado federal – que perdeu para Nilson Leitão, do PSDB, por conta da retotalização de votos, na qual se incluiu no coeficiente partidário os sufrágios atribuídos a candidatos ficha suja. Para isso, deixou a direção do PT, conforme determina as regras internas. A substituição era tratada como uma questão de praxe.

“Muita gente perguntou a ele se havia conversado com o governador, temendo que pudesse haver algum mal entendido” – contou uma fonte do PT. Na direção estadual da sigla, a substituição de Rosa Neide por Saguas era uma questão apenas de praxe. Mas não foi bem assim que ocorreram os desdobramentos. Dias depois de Moraes deixar o cargo para voltar à Seduc, o governador chegou a declarar desconhecer a substituição por deliberação partidária.

“Não tenho do que reclamar quanto à Rosa Neide. Para mim, ela está fazendo um bom trabalho e o PT se quiser mudar terá que agendar uma audiência para tratarmos disso” – disse. Na semana passada, durante evento governamental, se mostrou esquecido.

Interlocutores do governador disseram que Silval Barbosa considera o sistema petista  “absolutamente falho” porque passa a impressão de que o Governo está loteado e a parte que cabe ao PT é a Seduc. Resolveu “bancar” a questão para evitar que sejam abertos eventuais precedentes. Na manobra, o esquema de protelar o pedido de audiência solicitado junto à Casa Civil pelo presidente do Diretório Regional do PT, William Sampaio.

“Ahhh sim.. Saguas. Sim!  Vamos conversar ainda” – limitou-se a dizer o governador ainda na semana passada.
 






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