Gushiken diz esperar que STF julgue mensalão sem pressão

Sumido da cena política desde que saiu do governo Lula em 2006, o ex-ministro Luiz Gushiken (PT) apareceu nesta segunda-feira no lançamento do livro do também ex-ministro petista José Dirceu.

Gushiken afirmou que não quer mais participar da política por causa do câncer que tem no estômago. "O fato de eu estar em tratamento contínuo e morando no interior não permite fazer política", afirmou o ex-ministro, que agora vive em Indaiatuba (SP).

Ele responde no STF (Supremo Tribunal Federal) pelo crime de peculato no processo do mensalão. No entanto, segundo documento final sobre o processo que o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, entregou ao Supremo, o ex-ministro deve ser absolvido, pois não foram encontrados elementos nem "sequer indiciários" de sua participação no suposto esquema.

"Só espero que os ministros do Supremo não sejam pressionados por outras forças políticas", disse Gushiken.

Segundo documento final sobre o processo que o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, entregou ao Supremo, o ex-ministro Luiz Gushiken (Secretaria de Comunicação) deve ser absolvido, pois não foram encontrados elementos nem "sequer indiciários" de sua participação no esquema.

Em setembro, as defesas dos 38 réus do caso entregaram as alegações finais e agora o ministro Joaquim Barbosa, relator da ação, prepara seu voto.

Para ele, se os ministros basearem sua decisão na lei, as acusações "cairão por terra".

"Eles vão perceber que a acusação que ficou conhecida como mensalão --ou seja, o crime que ficou tipificado como compra de votos de parlamentares-- não tem sustentação", afirmou.

Para o ex-ministro, o PT cometeu, na verdade, o crime eleitoral conhecido como caixa dois. "O que era de praxe na época."

Ele ainda avaliou o governo Dilma Rousseff como ótimo. "Ela vai ser reeleita", disse.