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Cidades
Terça - 11 de Outubro de 2011 às 07:48

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Após dez horas de julgamento, os réus Donizete Bento dos Santos, Gerson Luiz Turcatto, Paulo Cezar Turcatto, Mauro Pereira Bueno e Airton José de Andrade foram absolvidos das acusações de participação no crime que ficou conhecido como Chacina de Matupá. Prevaleceram, perante o Conselho de Sentença (formado por membros da comunidade), os argumentos da defesa, de que não havia provas de envolvimento dos réus no assassinato dos assaltantes e irmãos Ivacir Garcia dos Santos, 31, Arci Garcia dos Santos, 28, e o comparsa Osvaldo José Bachinan, 32, ocorrido em novembro de 1990.

Contra o vídeo exibido pelo Ministério Público, com as imagens dos assaltantes sendo torturados e queimados vivos em praça pública, os advogados sustentaram que a responsabilidade sobre a barbárie foi do Estado de Mato Grosso, por intermédio da polícia civil e militar, que entregaram os assaltantes aos populares após a negociação de rendição. Os advogados alegaram ainda que os réus são, na verdade, vítimas, que presenciaram a ação de três assaltantes que fizeram reféns uma mulher grávida e cinco crianças.

Com esse resultado, sobe para sete o número de envolvidos no crime absolvidos pelo Tribunal do Júri da Comarca de Matupá (695km a norte de Cuiabá). Na primeira sessão de julgamento, realizada no dia 4 de outubro, após 19 horas, os jurados absolveram os réus Santo Caioni e Alcindo Mayer, que se declararam inocentes. Apenas o acusado Valdemir Pereira Bueno, que admitiu ter jogado combustível nos assaltantes, foi condenado a oito anos de reclusão em regime inicialmente fechado.

Para o próximo dia 17, a partir das 8 horas, estão marcados os julgamentos dos réus Luiz Alberto Donin, Elo Eidt, Mario Nicolau Schorr, Faustino da Silva Rossi e Elywd Pereira da Silva. No dia 24 serão julgados Antonio Pereira Sobrinho, Roberto Konrath, Enio Carlos Lacerda e José Antônio Correia. O processo do réu Arlindo Capitani foi desmembrado sob alegação de que ele não foi intimado para o júri popular, previsto para 4 de outubro. Não há previsão para o julgamento dele.






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