Maior fatia do bolo fica com a Saúde
A Lei de Orçamento Anual (LOA) referente ao exercício de 2012 prevê a destinação da maior parte dos recursos do município para a secretaria municipal de Saúde (SMS). Dos quase R$ 1,4 bilhão que a prefeitura estima arrecadar no próximo ano, mais de R$ 352,5 milhões ficarão com a pasta.
À exceção do episódio da concessão dos serviços de saneamento de água e esgoto da Capital, a saúde foi o setor de maior desgaste na gestão Chico Galindo (PTB). Desde que assumiu o comando do Alencastro, o prefeito contou com três secretários de Saúde. O primeiro a ser indicado por ele foi o médico Antonio Pires, que teve uma atuação duramente criticada, inclusive entre militantes de seu próprio partido, como o vereador Clovito Hugueney.
Galindo ainda tentou, sem sucesso, estadualizar o Hospital e Pronto Socorro Municipal de Cuiabá (HPSMC) para que fosse administrado por uma Organização Social de Saúde (PSS) dentro do modelo de gestão proposto pelo secretário de Estado de Saúde, Pedro Henry (PP). No entanto, continuou com o “abacaxi” nas mãos, sem conseguiu diminuir a fila de espera por cirurgias eletivas.
Na terceira maior reforma de seu secretariado, no início de agosto, resolveu colocar seu braço-direto no comando da pasta. Nomeou seu sobrinho, o ex-secretário de Governo, Lamartine Godoy, com a missão de concluir a estadualização da unidade.
Mesmo com os planos de entregar o HPSMC para o Estado, o prefeito aumentou em cerca de R$ 45,8 milhões o orçamento da SMS. Ele, que assumiu a a prefeitura em meio a entrega do que seu antecessor Wilson Santos (PSDB) chamava de “a maior reforma da história do Pronto Socorro”, destinou, em 2011, aproximadamente R$ 306,7 milhões para a secretaria.
Na época, o repasse já contou com o incremento de R$ 23,8 milhões em relação ao orçamento de R$ 282,9 milhões estipulados pelo ex-prefeito tucano para o exercício de 2010. Apesar do crescimento exponencial nos recursos destinados à pasta, Lamartine terá que se esforçar para amenizar as críticas sofridas por Galindo no setor.
Comentários