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Quinta - 13 de Outubro de 2011 às 09:34
Por: Sinézio Alcântara

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Expressão Noticias
Veículos bolivianos ciurculando na cidade de Cáceres
Veículos bolivianos ciurculando na cidade de Cáceres

Centenas de caminhões, carros de passeios e taxis bolivianos, estão impedidos de entrar ao Brasil, através da fronteira, pela região da Cáceres. A ação vem sendo executada por soldados do Grupo Especial de Fronteira (Gefron) e Polícia Rodoviária Federal (PRF) na barreira do Limão, a 45 quilômetros da Bolívia.  Aos condutores dos caminhões e carros de passeio, com placas bolivianas, é exigido o comprovante do Seguro Obrigatório Internacional, também conhecido por “Carta Verde” - documento resultado de um acordo entre os países membros do Mercosul. Como a Bolívia não é integrante do bloco, os caminhoneiros não dispõem do documento e são barrados na fronteira.

Já aos taxistas é exigido comprovante do convênio com a Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT)para transporte internacional. Como no caso da Carta Verde, o país é prejudicado, já que Bolívia não possui nenhum convênio com o órgão regulador e ficam impedidos de fazer o transporte de passageiros. Os taxis só são autorizados a entrar no país, se houver comprovação de que estão conduzindo pessoas dafamília.

Embora a medida seja interpretada por condutores bolivianos comoforma de retaliação, contra a lei do governo boliviano que legalizou centenas de veículos roubados no Brasil, o comando do Gefron nega. “Não existe nenhum tipo de retaliação. Ocorre que não podemos fazer vistas grossas ao cumprimento da lei” garante o coronel Antônio Mário Ibanez, acrescentando que “o acordo funciona tanto do lado brasileiro quanto boliviano”. Lá, segundo ele, os brasileiros podem transitar livremente porque dispõem de toda documentação.

Inspetor da PRF, Ney Pedroso de Barros, afirma que alei foi sancionada na década de 90. E, que, além disso, no ano de 2010, as autoridades brasileiras deram prazo de um ano para que os condutores bolivianos se adequassem. Contudo, segundo ele, o tempo passou e nenhuma providência foi tomada pelos “hermanos”. O inspetor explica que a proibição é necessária, levando em conta que em caso de acidentes, envolvendo veículos estrangeiros, se torna difícil às vítimas serem ressarcidas dos danos.

“O país se legalizando, com o seguro obrigatório internacional, em casos de acidentes envolvendo veículos de nacionalidade boliviana,os danos materiais são coberto pelas seguradoras, o que atualmente não acontece porque geralmente as vítimas não tem a quem se recorrer” explica o patrulheiro. Ney Pedroso informa que apesar do descontentamento, os bolivianos estão cumprindo a legislação. E, que nenhum incidente foi registrado. A proibição teve início no dia 1 de agosto.

O taxista boliviano Honório Baca é um dos que suspeitam que a proibição seja uma forma de retaliação das autoridades brasileira pela lei imposta pelo presidente Evo Moraes. “Estamos pagando por um erro dos nossos governantes. Nos últimos dias, deixamos de fazer muitas corridas. O prejuízo tem sido grande”, conta. Para o caminhoneiro Ernesto Ortega “essa é uma briga que tem que ser resolvida lá por cima. Perdemos 50% dos fretes, nos últimos dias” afirmou lembrando que estará mantendo contados com autoridades políticas do país para contornar a situação.






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