Polícia Civil registrou, em 12 dias, 19 execuções, sendo 13 na Capital e seis em Várzea Grande
Grande Cuiabá chega à marca dos 300 assassinatos
Mais um recorde negativo é alcançado na Grande Cuiabá. Com os dois assassinatos ocorridos ontem (12), a Capital e Várzea Grande já registram 301 execuções neste ano.
Esse número chega no dia 12 de outubro com o assassinato de Novandir José da Silva, executado a tiros pelo próprio filho, no bairro Bela Vista, em Cuiabá.
Em 12 dias, a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) registrou 19 execuções, sendo 13 na Capital e seis em Várzea Grande.
O que chama a atenção dos policiais da DHPP é que o patamar de 300 assassinatos chegou mais cedo neste ano.
Em 2010, esse número ocorreu no dia 7 de dezembro e terminou com 316.
Em 2009, foi no dia 18 de novembro, e até o dia 31 de dezembro, foram contabilizado 322 homicídios.
"Ainda faltam dois meses e meio para o término do mês. Nesse ritmo, seriam, pelos últimos meses, uns 60 a 70 homicídios. Espero que essa lógica não funcione", observou um policial plantonista.
Dos 300 assassinatos, 74% foram praticados por arma de fogos - são vítimas de tiros de revólver, pistola e também espingarda. Isso significa de que em cada quatro assassinatos, em três as vítimas foram abatidas a tiros.
O restante se completa com mortes golpes de faca e objetos contundentes - pancadas ou golpes de madeira.
Conforme as estatísticas, cerca de metade dos assassinatos foi motivada por tráfico de drogas - de uma forma ou de outra, as vítimas estavam envolvidas com entorpecentes.
Os motivos se completam por brigas de bares nos fins de semana e também passional (relacionados a relações amorosas).
Apesar do grande número de assassinatos, a DHPP continua com um grande índice de esclarecimento de homicídios.
No ano passado, de cada nove execuções, apenas uma ficou sem ser esclarecida. Neste ano, o índice supera os 85%.
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