O que deve assustar ainda mais os consumidores é que esse aumento poderá ser maior nas próximas semanas, chegando a R$ 1,89 o preço do GNV. O vice-presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo, Gás Natural e Bicombustíveis de Mato Grosso (Sindipetóleo-MT), Paulo Emboava, explica que os consumidores irão pagar mais pelo produto porque as revendedoras precisam recuperar os prejuízos acumulados nos últimos sete anos, quando o fornecimento do gás chegou em Mato Grosso. A instabilidade do abastecimento do estado neste período fez com os donos de postos de combustíveis não tivessem margem de lucro satisfatória, que as empresas convertedoras não renovassem o contrato para a prestação do serviço, e que os consumidores não se interessassem por veículos movidos a gás.
Para Emboava, o preço de R$ 1,69 m³ anunciado pelo setor não pode ser determinante, já que o mercado deste produto ainda não é crescente. “A margem de lucro para o revendedor, comercializando o produto a R$ 1,49, não chega a R$ 0,29, enquanto o ideal, para manter o posto em funcionamento, era de uma margem de R$ 0,39”. Ele revela que o consumo do gás natural ainda continua tímido, já que não há empresas que façam a conversão do veículo para o uso do combustível.
Independentemente do aumento, o representante do setor acrescenta que o gás continuará sendo mais vantajoso que qualquer outro combustível. “A economia chega a representar 50% do valor gasto, por exemplo, com o etanol hidratado (álcool)”.
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