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Economia
Sexta - 14 de Outubro de 2011 às 15:39

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Se o feriado costumeiramente derruba as vendas em vários segmentos ou promove aquele sumiço da população nos ambientes comerciais e públicos, em Cuiabá-MT o cenário começa a se transformar. “Em alguns feriados o movimento cai. Mas neste dia 12 não aumentou, nem diminuiu, se manteve normal”, informa Lélis Fonseca, proprietário de peixaria na capital.

Para a empresa de roupas infanto-juvenis Malharia Catarinense não houve acréscimos na comercialização, comparando-se com um dia comum, revela a gerente Mari Gomes da Silva. “Acredito que se não fosse a greve dos bancos, teríamos superado as vendas relacionadas ao Dia das Crianças”, contextualiza ela.

Já para a Real Brinquedos, que teve expediente padrão neste feriado, tendo em conta os últimos cinco anos, este foi o melhor Dia das Crianças. “Tivemos acréscimos de 15 a 20% no movimento dentro da loja, com vendas superiores à mesma data em períodos anteriores”, fala Cleide Alves Coelho. Ela explica que a procura continua hoje, 13, e pela expressividade levou à extensão das promoções até o sábado, 15. “O fluxo de pessoas que não compraram presentes ontem está se mostrando muito grande”. A loja não trabalha com eletrônicos, portanto as compras estão girando em torno de bonecas, carrinhos (com destaque para os com controle remoto) e “muitos jogos de tabuleiro”.

É esta positividade que o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) mostra. “Em relação a igual semana das Crianças de 2010, tivemos acréscimos de 6,74% no índice de consultas ao SPC”, aponta Paulo Gasparoto, presidente da CDL Cuiabá, esclarecendo que este indicador de vendas, certamente, envolve o entretenimento e lazer que o feriado tende a propiciar. Gasparoto completa que em todo o Estado o percentual é melhor ainda. “Pontuamos 9,01%, mostrando o quanto, de maneira geral, em Mato Grosso se tem mantido o poder aquisitivo das famílias. O Dia das Crianças não costuma nem ser tão expressivo, estamos com greve de bancos e juros altos sobre os produtos, mas continuamos com boas vendas”.

O dirigente lojista chama a atenção para o fato deste incremento ser crescente nos últimos 4 anos. Em 2010 comparado com 2009, o acréscimo foi de 8,58%; em 2009, comparado com o mesmo período de 2008, o aumento foi de 7%. E em relação a 2007 o incremento foi de 3%. “O que vemos é que o Dia das Crianças vem crescendo como data comercial, explica ele, lembrando ainda que o ticket médio de compra em 2010 era de R$50,00, “hoje estamos em R$70,00, tendo como uma das referências a melhoria de renda das classes C e D”. 
Gasparoto comemora também o bom desempenho da indústria este ano. “A Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos apresenta números de fechamento de vendas ao varejo que indicam crescimento de 14% em relação ao Dia das Crianças do ano passado”.

Segundo o presidente da Abrinq, Synésio Batista da Costa, o bom resultado se deve tanto à maior produção nacional (8% em relação a 2010) quanto à retomada de mercado dos importados chineses (6% no período).  “As vendas neste período devem chegar a R$ 1,995 bilhão e representam 35% do faturamento anual, o mais forte do ano – seguido pelo Natal (30%). “Pelas projeções, o setor deve faturar em 2011 cerca de R$ 5,7 bilhões, uma alta torno dos 15% em relação a 2011”, estima Synésio Batista da Costa. O setor de brinquedos é composto por 442 indústrias que empregam 28 mil trabalhadores.

 

 






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