Lixo hospitalar dos EUA é vendido no Nordeste
Lençóis com nomes de hospitais dos EUA --iguais aos apreendidos pela Receita Federal no porto de Suape e classificados como lixo hospitalar-- são vendidos por quilo em uma das principais vias de Santa Cruz do Capibaribe, cidade de 87,5 mil habitantes de Pernambuco, relata o repórter Fábio Guibu em reportagem publicada na Folha (disponível para assinantes do jornal e do UOL, empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha).
A Folha comprou nove peças (4 kg) na loja Império do Forro de Bolso. Parte delas tinha manchas e referências e unidades de saúde dos EUA, como Baltimore Washington Center ou Medline Industries Inc.
Amontoados no chão, os lençóis e fronhas eram vendidos a R$ 10 o quilo.
Funcionários alegaram problemas no sistema para não fornecer nota fiscal ou recibo e, depois da ligação por celular, fecharam a loja.
Tecidos de hospital só podem ser reaproveitados após rigorosa desinfecção.
A Receita não confirmou o nome do importador de lixo hospitalar.
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