Bancos alemães pedem que zona do euro aceite insolvência da Grécia
Bancos privados da Alemanha pediram aos políticos da zona do euro que aceitem que a Grécia é insolvente e também pediram por regras que forcem credores a fazer reserva de capital em seus balanços para bônus governamentais, disse uma revista.
Neste mês, Alemanha e a França se comprometeram a preparar um plano para deter a contaminação da crise, proteger os bancos europeus e a economia mundial.
"A Grécia não é capaz de pagar sua dívida pelo decorrer de várias gerações", disse Andreas Schimtz, chefe do grupo de lobby alemão BdB, que representa os bancos privados, à revista "WirtschaftsWoche".
Schmitz pediu mudanças nas regras de regulação de Basiléia 3, acordo entre bancos centrais do mundo que determina a quantidade de reserva de capital que os bancos devem separar para os chamados ativos de risco.
Sob as regras de Basileia 2 e da União Europeia, todas as dívidas soberanas da zona do euro têm risco zero, o que deu um forte incentivo para que bancos comprassem e mantivessem bônus de governos.
"A situação atual mostra que zero [risco] contábil não reflete a realidade", disse.
"Os políticos não estão atacando a questão, já que ela lhes diz respeito", acrescentou, dizendo que essa regra ajudou os governos a vender seus papéis de dívida ao mercado.
Schmitz se opôs a uma recapitalização forçada dos bancos alemães, porque isso traria mais incerteza aos mercados.
"A recapitalização compulsória não soluciona a crise política de confiança", afirmou.
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