Silval determina que secretários expliquem sobre incentivos fiscais
A concessão de um benefício fiscal para o Grupo City Lar - Dismobrás Importação, Exportação e Distribuição de Móveis e Eletrodomésticos -, que causou mal-estar no núcleo da equipe econômica do próprio governo estadual e desconfiança por parte das demais empresas do setor, bem como diversos questionamentos por parte dos parlamentares estaduais, fez com que o governador Silval Barbosa (PMDB) convocasse os secretários de Estado de Fazenda e Indústria e Comércio, Edimilson Santos e Pedro Nadaf, respectivamente, para esclarecer sob que circunstâncias esses benefícios foram concedidos.
“Não é o incentivo ao Grupo City Lar que eles criticam. Os deputados criticam os incentivos fiscais de um modo geral. Eu já convoquei os secretários tanto da Fazenda, quanto da Indústria e Comércio, Edmilson e Nadaf, para que chamem os deputados e mostrem todos os incentivos e a forma com que foram concedidos às empresas porque todos os incentivos que são concedidos, são publicados em Diário Oficial”, declarou o chefe do Executivo.
Conforme adiantou o Olhar Direto, uma audiência pública para debater o tema já está prevista para acontecer no dia 10 de novembro na AL, com os referidos secretários e ainda com a presença do presidente do Tribunal de Contas, Valter Albano e do conselheiro Luiz Henrique, além dos parlamentares.
O maior questionamento feito pelos parlamentes com relação à política fiscal do atual governo, é que segundo a maioria, o Estado não promove incentivo, mas renúncia fiscal, ao destinar mais de R$ 1 bilhão a grandes grupos empresarias como a City Lar, que integra hoje a holding Máquinas de Vendas, uma gigante do setor, formada também pelas empresas Ricardo Eletro, Insinuante e Eletro Shopping.
Segundo Silval o que o Estado concedeu à City Lar se trata de Incentivo. “Só podemos incentivar uma empresa quando ela não possui a atividade incentivada aqui. A City Lar foi incentivada porque ela tinha o seu núcleo de distribuição, ou estava montando centros de distribuição em outros Estados à partir do momento em que eles se fundiram com a Máquina de Vendas. Para tê-los aqui, gerando empregos e receita no nosso estado, o incentivo foi concedido a exemplo do que é feito com outras empresas”, justificou.
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