Juízes federais irão "represar" ações da União até final de novembro
Pela segunda vez no ano, os juízes federais irão fazer uma paralisação no dia 30 de novembro. A decisão foi tomada em assembleia da Ajufe (Associação dos Juízes Federais do Brasil), realizada na última sexta-feira.
A entidade também decidiu fazer uma "operação padrão" com os processos de interesse da União.
Eles afirmam que irão "represar" as citações e intimações até o dia 29 de novembro, quando elas serão enviadas de uma vez para a AGU (Advocacia-Geral da União).
Para a Ajufe, a medida é uma forma "eficiente e inteligente" de pressionar o governo.
"É ilusório e utópico pensar que conseguiremos algo ainda este ano com diálogos formais e sem pressão. A indignação está aumentando na carreira, é crescente, não estamos sendo ouvidos pelo demais Poderes e em especial precisamos de maior empenho do presidente do STF", diz o presidente da Ajufe, Gabriel Wedy.
De acordo com a entidade, a paralisação terá o apoio dos juízes do Trabalho.
Além de aumento salarial, a categoria, cuja remuneração varia entre R$ 21.766 e R$ 24.117, quer uma nova política previdenciária e melhoria das condições de trabalho.
A primeira paralisação dos juízes federais aconteceu em abril. Segundo a Afuje, 90% da categoria aderiu ao movimento.
Desde o dia 27 de setembro, os servidores da Justiça Federal em São Paulo também estão em greve. No ano passado, a paralisação chegou a 92 dias.
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