Militares foram presos em flagrante, após espancamento de Toni Bernardo; consultor ainda está preso
Acusados de matar estudante, PMs voltam ao trabalho
Os policiais miltares Higor Marcell Mendes Montenegro e Wesley Fagundes Pereira, ambos de 24 anos, indiciados pelo envolvimento na morte de Toni Bernardo, já voltaram a trabalhar. Eles estão prestando serviços administrativos no Ciosp e no Comando Regional I, em Cuiabá.
Os dois conseguiram liberdade provisória junto à 3ª Vara Criminal, na tarde de terça-feira (11). Higor e Wesley são acusados, juntamente com o consultor de telefonia celular Sérgio Marcelo Silva da Costa, 27, de espancar até a morte o estudante de Guiné-Bissáu Toni Bernardo da Silva, que tinha 28 anos.
Além do processo da Justiça comum, por lesão corporal seguida de morte, os militares passam por uma sindicância na própria Polícia Militar, que apura o caso, observando as responsabilidades e conduta dos profissionais na morte do jovem.
O Ministério Público Estadual protocolou denúncia sobre o caso, afirmando que os três não tiveram intenção de matar Toni e devem ser processados por lesão corporal, seguida de morte. A pena vai de 4 a 12 anos de detenção. A denúncia, que foi encaminhada à 12ª Vara Criminal, pede que os policiais percam seus cargos.
Os profissionais, se considerados culpados podem perder o cargo público e ser excluídos definitivamente dos quadros da PM. A Corregedoria havia estabelecido prazo de 20 dias para a conclusão da sindicância, contados a partir de 29 de setembro. O prazo já se esgotou e, até o momento, a sindicância não foi concluída.
O caso
O estudante universitário Toni Bernardo da Silva vivia em Cuiabá desde o ano de 2006, quando veio cursar economia na UFMT, por meio de um programa de intercâmbio.
Ele foi morto por espancamento na madrugada de 22 de setembro, na pizzaria Rola Papo, no bairro Boa Esperança. Pelo crime, foram presos o consultor de telefonia celular Sérgio Marcelo da Silva Costa, 27, filho de um ex-delegado da Polícia Civil, e os policiais militares Higor Marcell Mendes Montenegro e Wesley Fagundes Pereira.
Sérgio tentou fugir do local, mas foi localizado por policiais que atenderam a ocorrência, em seu automóvel, próximo ao trevo da UFMT. Ele alegou que iria se dirigir até o Pronto-Socorro, para buscar atendimento.
Todos eles foram presos em flagrante e colocados à disposição da Justiça. Sérgio ainda está na cadeia.
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