Polícia apura assassinato de prefeito e crê em crime político
A Polícia Judiciária Civil não descarta a tese de motivação política no assassinato do prefeito de Nova Canaã do Norte, Antonio Luiz Cezar de Castro, o Luizão (DEM). A informação é do delegado Sérgio Ribeiro de Araújo de Colíder, membro da equipe que apura o caso. A investigação corre sob segredo de Justiça, por isso, o delegado não dá muitos detalhes.
Ele revela, entretanto, que o caso envolve muitas teses e que ainda não foi possível encerrar as diligências. Tanto que o inquérito iniciado no dia 6 de agosto deveria ter sido concluído no início deste mês, mas teve o prazo estendido por mais 30 dias. A expectativa é de que seja encerrado somente na primeira semana de novembro.
Segundo o delegado, já foram ouvidas mais de 30 pessoas. "Esse não é um caso fácil de se solucionar, porque o prefeito tinha desavenças com um monte de gente", pontua o delegado, contrariando as primeiras afirmações de amigos e familiares que atestaram sobre a suposta tranquilidade da vítima, durante o velório no início de agosto.
A Polícia Federal também investiga a tese de assaltantes do Banco Central estariam envolvidos neste crime de Nova Canaã. Acontece que Luizão supostamente comprou um imóvel, que pertenceu aos bandidos, mas foi a leilão após a prisão dele.
Caso
O prefeito foi assassinado com tiros à queima-roupa, em 5 de agosto, numa festa no Clube do Laço do município por um homem encapuzado. Ele era casado, tinha dois filhos, era pecuarista e dono da lotérica da cidade. Desde então, o vice Vicente Medeiros (PMDB) assumiu o comando da cidade.
Luizão foi o segundo prefeito, em menos de 15 dias, morto em Mato Grosso. O caso chocou a população e chamou a atenção da Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM), sob Meraldo Sá. O primeiro foi o prefeito Valdemir Antônio da Silva, o Quatro Olhos (PMDB). O caso teve um desfecho, recentemente, com a prisão de sete pessoas, entre elas, o ex-procurador Acácio Alves Souza.
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