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Política
Terça - 18 de Outubro de 2011 às 09:56

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Foi acertado para o próximo dia 03 de novembro a troca no comando da maior e mais política pasta da administração pública estadual, a Secretaria de Estado de Educação, que desde 2010 está sob o comando de Rosa Neide Sandes. A definição foi acertada numa reunião entre a titular e o futuro secretário, Ságuas Moraes, juntamente com o secretário chefe da Casa Civil, José Lacerda, por determinação do governador Silval Barbosa (PMDB), que até tentou resistir a alterações, mas acabou cedendo aos apelos petistas que podem não ter força política em Mato Grosso, o que é inversamente proporcional em relação ao governo federal.

Ságuas Moraes reassume as funções que ocupou durante o segundo mandato do governador Blairo Maggi (2007/2010), mesmo tendo mandato de deputado estadual. Aliás, Ságuas foi responsável pela presença do PT no governo do Estado, uma vontade do então presidente Lula pela sua relação com Blairo Maggi, mas que sempre encontrou resistência no PT de Mato Grosso. Neste mesmo período, Rosa Neide Sandes era secretária-adjunta e acabou galgando a posição com a desincompatibilização de Ságuas para disputar no ano passado uma cadeira na Câmara Federal, após dois mandatos de prefeito de Juína e três mandatos de deputado estadual. Ságuas acabou eleito, mas não permaneceu na função por muito tempo.

Agora, Ságuas volta à sua condição inicial, enquanto Rosa Neide deverá ser acomodada numa assessoria especial, função que ainda está sob discussão entre o futuro titular e a futura auxiliar.

Na realidade, a troca de comando da Secretaria de Educação só está acontecendo por causa de um acidente de percurso. O então deputado federal eleito, Ságuas Moraes (PT), acabou tendo o mandato sacado pela bagunça que é o sistema de leis brasileiras que admitiu na legislação (Lei da Ficha Limpa). Só que essa lei teve sua efetividade contestada pelo Supremo Tribunal Federal que por unanimidade dos ministros considerou que a legislação não respeitou o princípio da anualidade e, portanto, não poderia ter validade para as eleições de 2010.

Com a não efetividade da Lei da Ficha Limpa, a Justiça Eleitoral, que havia rejeitado a candidatura de um amontoado de políticos com problemas em sua vida pregressa, mas que concorreram na condição "sub judice" (aguardando decisão final), foi obrigada a refazer os cálculos finais computando todos os votos e considerando aqueles dados aos candidatos da coligação do PSDB, DEM e PTB, que somaram pouco mais de 2 mil votos dados a William Dias, condenado por crime contra a vida, mas com recurso judicial. Estes votos deram a vaga para o atual deputado Nilson Leitão (PSDB), que assumiu o mandato há dois meses.




Fonte: A Gazeta

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