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Agronegócios
Terça - 18 de Outubro de 2011 às 11:08

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A produção brasileira de açúcar e de etanol é feita, fundamentalmente, a partir da extração do caldo de cana-de-açúcar. A produção agrícola de matéria-prima e o processo industrial para produção de açúcar, etanol, coprodutos e cogeração de energia tornam o empreendimento sucroenergético um negócio competitivo, profissional.

Exatamente para melhorar a competitividade na utilização do parque fabril das unidades produtoras de etanol, tem-se buscado alternativas para ampliar o período de operação das destilarias, com a introdução do sorgo sacarino(Sorghum bicolor L. Moench) para plantio na época de reforma dos canaviais e este é o tema da terceira edição da Agroenergia em revista: Sorgo sacarino:tecnologia agronômica e industrial para alimentos e energia.

A Embrapa trabalha com sorgo sacarino há mais de 35 anos e dispõe de considerável acervo de informações técnicas e gerenciais e suas aplicações para novos negócios. A revista compõe-se de cerca de 20 artigos, escritos em sua maioria por pesquisadores e analistas da Embrapa Agroenergia (Brasília, DF) e da Embrapa Milho e Sorgo (Sete Lagoas, MG). Há, também, um artigo do assessor de tecnologia do Grupo São Martinho. A revista está disponível para consulta e download em www.cnpae.embrapa.br. A edição impressa pode ser solicitada por meio do endereço eletrônico sac.cnpae@embrapa.br

No foco de desenvolvimento de tecnologia agronômica são tratados, basicamente, três aspectos:
a) o melhoramento, genética e desenvolvimento de cultivares (variedades e híbridos);
b) boas práticas agrícolas e temas especiais dos sistemas de produção; e,
c) descritores de planta (com viés biológico) para fins energéticos.

Em desenvolvimento de tecnologia industrial focam-se outros três temas:
a) a caracterização da matéria-prima (viés industrial) para fins energéticos, nas rotas de produção de etanol (1ª-geração tecnológica), e biomassa para fins diferenciados (etanol de material lignocelulósico ou 2ª geração, cogeração de energia, alimentação de animais ruminantes, biofertilizantes e coprodutos – novas moléculas, materiais, etc.);
b) os processos de conversão “per se”, tais como protocolos analíticos de referência e utilidades para rotas tecnológicas diferenciadas; e,
c) arranjos (institucionais, técnico-científicos e produtivos) visando a inserção do sorgo sacarino no complexo do setor sucroenergético, abordando reforma de canavial, plantio de entressafra da cana, cogeração, e scaleup de maquinaria agronômica e industrial, dentre outros temas.

Há ainda artigos tratando das informações tecnológicas sobre a cultura em documentos de patentes, do potencial de cogeração de energia elétrica a partir de resíduos do processamento de sorgo sacarino, da concorrência ampliada dos produtos do sorgo sacarino na entressafra da cana-de-açucare da viabilidade econômica e arranjos produtivos para produção de etanol do sorgo

A coleta e organização de dados e informações, a divulgação técnica, a transferência de tecnologia e os negócios competitivos, demonstram o acervo de conhecimento à disposição do mercado, bem como objetivam analisar e divulgar o esforço acumulado e corrente que a Embrapa realiza em seus laboratórios e campos experimentais. Apontam ainda, para novas parcerias internas e externas, e para os procedimentos em busca de melhorias no domínio tecnológico nas áreas de interesse para a inserção do sorgo sacarino no rol de matérias-primas do setor sucroenergético do Brasil.

Frederico Ozanan Machado Durães
Pesquisador, Embrapa Agroenergia
 






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