O cacique foi preso a pedido do Ministério Público Federal que entendeu que a principal testemunha de acusação não compareceu ao julgamento por ter sido coagida pelo indígena. “Considerando que é a testemunha ocular do fato, a sua ausência é extremamente prejudicial ao julgamento. A testemunha já havia afirmado ter sido ameaçada de morte pelo acusado”, disse o procurador Marcellus Barbosa Lima, pouco antes de pedir a prisão do índio xavante.
O juiz José Pires da Cunha acatou o pedido do procurador. Marcellus Barbosa Lima pediu ainda que o cacique fique preso até que as testemunhas sejam localizadas e compareçam em juízo para testemunhar no julgamento. A defesa contestou o pedido de prisão e afirmou que a prisão do indígena é uma arbitrariedade. O julgamento foi suspenso.
O caso
O acusado foi denunciado por homicídio qualificado pelo Ministério Público Federal e chegou a ser preso como o autor do crime. No entanto, em 2006 conseguiu a liberdade por meio de liminar. Conforme consta da denúncia, o índio era na época cacique da aldeia Tritopa, em Água Boa, onde o servidor Floriano Márcio Vieira Guimarães fazia a demarcação das terras.
A vítima, o cacique e um outro indígena foram até a cidade de Nova Nazaré, a 269 km de Cuiabá, e a caminho da aldeia Tritopa a vítima foi degolada pelo cacique da tribo com um canivete, de acordo com a denúncia do Ministério Público. O corpo de Floriano Márcio Guimarães foi encontrado na aldeia por um indígena. A motivação do crime seria por disputa de terras na região.
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