O delegado Simael Ferreira, responsável pelo inquérito que apura a queda de dois jovens de uma roda-gigante de um parque instalado em Várzea Grande, na região metropolitana de Cuiabá, requisitou ao Instituto Médico Legal (IML) a realização de exames de corpo de delito nas vítimas do acidente ocorrido no último sábado (15).
Devido à queda de mais de cinco metros de altura, Fabrício Ferreira de Oliveira de 21 anos e Ariel Adão Costa Bolfarini, 16 anos, estão internados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Pronto-Socorro de Várzea Grande em estado gravíssimo. Eles sofreram traumatismo craniano e passaram por cirurgia no domingo (16). O diretor metropolitano de Medicina Legal, Jorge Caramuru, afirmou que não há nenhum problema em realizar a perícia provisória na UTI da unidade de saúde.
De acordo com a assessoria da Polícia Civil, o proprietário do parque de diversão, onde ocorreu o acidente e as testemunhas ainda não foram intimadas a depor. Antes disso, outros fatores serão analisados, como, por exemplo, o resultado do laudo pericial. As vítimas caíram após o eixo que ligava a cabine à roda-gigante ter quebrado, como informou a Polícia Militar que atendeu a ocorrência.
O Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Crea) de Mato Grosso informou que o parque não possui alvará de funcionamento emitido pela prefeitura. A informação foi confirmada pelo secretário de Infraestrutura de Várzea Grande, Luiz Carlos Sampaio. Segundo ele, nenhum pedido de autorização de funcionamento foi protocolado na secretaria.
No dia seguinte ao acidente, o parque cujos brinquedos encontram-se deteriorados foi interditado pelo Corpo de Bombeiros por não possuir as mínimas condições de segurança, conforme havia declarado o sargento dos Bombeiros, Márcio Meira. Outras pessoas estavam na roda-gigante no momento da queda da cabine em que os jovens estavam, mas não sofreram ferimentos.
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