Madureira prefere se abster; Murilo perde cargo e Tião assume de vez
Contrário à decisão dos outros 12 vereadores varzea-grandenses, João Madureira (PSC) foi o único a se abster durante a votação da extinção do mandato do prefeito reeleito em 2008, Murilo Domingos (PR). O republicano perdeu o mandato definitivamente na sessão desta quarta (19), quando os vereadores votaram uma ação movida após uma denúncia feita pelo ex-procurador do município, Antônio Carlos Kersting Roque.
Murilo é acusado de não ter se desincompatibilizado da empresa Irmãos Domingos dentro do prazo legal no período de campanha. O curioso é que a denúncia já havia sido protocolada anteriormente, mas foi arquivada pelos parlamentares, que dessa vez não pouparam o republicano.
Agora, Tião da Zaeli, que já vinha comandando a prefeitura desde o início de agosto, quando o juiz da 3ª Vara de Fazenda Pública, Onivaldo Budny, decidiu pela cassação de Murilo e ainda suspendeu seus direitos políticos por 5 anos, além de aplicar uma multa de 20 vezes o valor da remuneração mensal que recebia à época que causou prejuízo ao erário.
No comando de Várzea Grande desde janeiro de 2005, Murilo acabou se desgastando tanto politicamente que perdeu, neste segundo mandato, o apoio popular. Sem controle das rédeas da administração, viu seu governo ser sacudido por graves denúncias. Ele enfrenta desgaste acumulado ao longo dos mais de sete anos de gestão, marcada pela falta de ações em todas as esferas do Executivo Municipal, desde acúmulo de lixo, ruas esburacadas à falta de saneamento básico. Tanto que foi apelidado pelos moradores de “Murilo Dormindo”.
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