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Polícia
Sexta - 21 de Outubro de 2011 às 16:08
Por: Ronado Couto

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Acácio permanece preso no batalhão da PM em Barra
Acácio permanece preso no batalhão da PM em Barra

O advogado e ex-procurador da Prefeitura de Novo Santo Antônio, Acácio Alves de Souza, segue preso no batalhão da Polícia Militar em Barra do Garças. O pedido de hábeas corpus em seu favor foi negado pela juíza Graciema Caravellas, frustrando a defesa do acusado. Acácio é acusado de ser mandante do assassinato do prefeito Valdemir Antônio da Silva, o Quatro Olhos (PMDB), morto com três tiros por dois homens a mando do advogado.

Acácio foi procurado pela equipe do Olhar Direto, ontem à tarde, mas ele não quis falar sobre o assunto, porém estava muito abatido com a notícia e pediu para falar com o advogado dele, Ulisses Rabaneda.

Rabaneda explicou que foi negado o pedido de liminar do hábeas corpus, mais ainda acredita que durante o julgamento de mérito irá conseguir a soltura do cliente. O advogado do acusado entende que não há motivo para manter o seu cliente preso, pois Acácio não teria interferido ou atrapalhado durante o levantamento das provas por parte da Polícia Civil e que teria direito de aguardar em liberdade o julgamento da acusação.

O advogado de Acácio criticou o juiz de São Felix do Araguaia, Antônio Canavarros, que decretou a prisão de Acácio alegando que não há provas materiais ou até interceptação telefônica que comprometa o seu cliente. “A não ser que eles queiram condenar o Acácio antes mesmo de ter julgamento”, frisou.

O julgamento de mérito do hábeas corpus deve acontecer dentro de 15 dias após manifestação do Ministério Público Estadual e do juiz responsável pelo processo.

Um dos aspectos refutados no pedido de HC pela juíza Graciema foi o fato de pedir foro privilegiado para ação onde a defesa citou a investigação em cima do prefeito Geraldo de Freitas (PTB), que assumiu o cargo com a morte de Quatro Olhos. “Eu entendo que existe essa possibilidade porque a ação não foi desmembrada e o prefeito Geraldo estava com o telefone grampeado a pedido da polícia desde que começou a investigação, portanto ele estava sendo investigado sim”, completou.

Além de Acácio, estão presos o casal Josiane Schumaher e Elson Pereira, acusados de serem os mentores do crime; irmã de Acácio, Cláudio José Alves de Souza, 37, e marido da chefe de Gabinete e Valquir Ferreira Silva, ex-secretário de agricultura do município na gestão de “Quatro Olho”.

O Crime

O prefeito foi assassinado a tiros no dia 23 de julho, em sua residência. Os dois executores chegaram a pé na casa da vítima e atiraram três vezes no prefeito. “Os tiros foram desferidos a curta distância, basicamente a queima roupa”, disse o delegado Wilyney.

Na casa estavam os dois filhos do prefeito e uma cunhada. No momento da execução, o filho do prefeito estava atrás do pai e ainda chegou a ver o braço do criminoso com o revólver apontado para o pai. Por sorte não foi atingido porque conseguiu se esconder atrás de uma caixa de som e depois correu para o banheiro.






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