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Cidades
Sábado - 22 de Outubro de 2011 às 14:33

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A Fundação Nacional do Índio (Funai) segue com as negociações com indígenas que mantém, pelo menos, sete pessoas reféns, funcionárias da instituição e da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), desde de segunda-feira (17). O coordenador substituto da fundação em Colíder, Sebastião Martins, informou, ao Só Notícias, que o grupo retido há seis dias, passa bem. No entanto, está proibido de sair de uma aldeia, localizada na divisa entre Mato Grosso e Pará.

Os índios decidiram manter os reféns, em protesto a construção da usina hidrelétrica São Manoel, prevista para rio o Teles Pires, entre a cidade mato-grossense de Paranaíta e Jacareacanga (PA). Os funcionários foram à aldeia, para uma reunião sobre as obras, no entanto, desde então, foram proibidos de deixar o local.

Os indígenas exigem a demarcação de terras, tema para o qual a Funai propôs que eles montassem uma comissão de lideranças, para ser discutido em Brasília. Todavia, segundo o coordenador, a proposta não foi aceita. Os índios querem a presença do presidente da fundação, Márcio Meira, no local.

A assessoria de imprensa da fundação, em Brasília, enviou comunicado na quarta-feira (19), ao Só Notícias, informando que o processo de demarcação das terras estava paralisado devido uma ação judicial, que já foi revertida. "Com a desobstrução do processo, a Funai dará continuidade aos procedimentos de demarcação de referida terra, com publicação, ainda este ano, de edital de licitação, para contratar a empresa que procederá a demarcação física da T.I. [Terra Indígena] Kaiaby, objeto do seu interesse", destacou.

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) já emitiu decisão suspendendo as audiências públicas do processo de licenciamento ambiental da usina. A mesma, também tomada pela Justiça Federal de Sinop. Elas estavam previstas para os dias 22, 23 e 25 deste mês, em Paranaíta, Alta Floresta e Jacareacanga.

Conforme Só Notícias já informou, a usina deve ter capacidade para 700 megawatts, e o barramento formará um reservatório com área total de 63,96 quilômetros quadrados, segundo a EPE. O objetivo é contratar energia para o mercado das distribuidoras em 2016. A energia gerada será suficiente para atender população de aproximadamente 2,5 milhões de pessoas. (W.S) 






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