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Sábado - 22 de Outubro de 2011 às 18:45

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"O humor não pode ter limites", diz Jô Soares. Há 23 anos ele comanda "talk shows" na televisão brasileira, mas, antes disso, Jô Soares teve uma longa carreira em programas de humor.

"Não acompanhei o momento [em que Rafinha Bastos fez a piada sobre Wanessa Camargo]. Eu só acho que o humor não pode ter limite. Quem estabelece esse critério é quem fala a coisa. A criação não pode ter limite", diz.

"Há uma linha tênue entre humor e grossura", continua Jô. "Se tem graça, é humor. Se não tem, vira grossura."

"Se fosse uma coisa realmente muito engraçada, não teria nenhum problema", acredita.

QUEDA NAS VENDAS

Se considerarmos que a tiragem inicial média de um livro no Brasil fica entre 2.000 e 5.000 cópias, as vendagens dos três romances de Jô Soares são estrondosas.

Mas elas têm caído a cada novo lançamento (leia quadro acima). Jô culpa a economia e a competição.

""O Homem que Matou Getúlio Vargas", por exemplo, vendeu de cara 300 mil, mas foi a época da desvalorização do real. Aí passou a vender menos", recorda.

"E tem outra coisa também: a competição de mídia é muito maior. A leitura eletrônica se transformou em competição à leitura em livro", acredita o autor.

Seja como for, nada disso tira a vontade de Jô de seguir na carreira literária; tanto que um próximo livro já está engatinhando em sua cabeça. E uma descoberta recente deve mudar um pouquinho o perfil de suas histórias.

Até agora, todos os romances de Jô foram ambientados no Rio de Janeiro de outrora. Mas, durante as pesquisas para "As Esganadas", ele descobriu o site do Acervo Folha (acervo.folha.com.br), que oferece a íntegra de todas edições do jornal paulistano desde 1921.

Ficou tão encantado com as possibilidades do novo material que já decidiu: "Meu próximo romance vai se passar em São Paulo".  






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