Sócio de empresa, Avalone deve explicar obra no PS
O deputado Carlos Avalone (PSDB) irá à Câmara Municipal de Cuiabá falar sobre a obra do pronto-socorro da capital, realizada pela empreiteira Três Irmãos, de propriedade de seus irmãos. O parlamentar informa que já deixou a sociedade, mas mesmo assim faz questão de prestar esclarecimento aos vereadores, que têm criticado falhas na reforma do hospital, devido à terceira queda do telhado no período de apenas um ano.
O vereador Domingos Sávio (PMDB) chegou a protocolar junto ao Ministério Público Estadual (MPE) um pedido de abertura de inquérito civil público para investigar supostas irregularidades nas obras do pronto-socorro e cobrou a responsabilização da empreiteira Três Irmãos.
Já o petista Lúdio Cabral apresentou requerimento para abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar falhas nas obras e inclusive “intimar” o ex-prefeito de Cuiabá, Wilson Santos (PSDB), empreiteiros e engenheiros.
Mesmo não pertencendo mais ao quadro de sócios da Três Irmãos, Avalone faz questão de ir à Câmara se isentar do “caos” gerado na saúde após o fechamento do Pronto Socorro de Cuiabá.
O prefeito de Cuiabá, Chico Galindo (PTB), já admitiu que houve falhas durante e reforma e revelou que o telhado, que tem mais de 50 anos, não foi revitalizado. Além disso, das outras vezes em que caiu parte do telhado foi refeito apenas o gesso, sem que o problema foaaw efetivamente consertado.
O pronto-socorro de Cuiabá permaneceu fechado por uma semana e ainda não realiza 100% dos atendimentos. A paralisação no hospital acabou gerando um caos em Várzea Grande, que teve de atender a demanda da capital e do interior de Mato Grosso. O fechamento também gerou uma crise política entre o governo do Estado e a Prefeitura de Cuiabá.
O secretário Estadual de Saúde, Pedro Henry (PP), chegou a afirmar que não há motivo para a interdição do pronto-socorro de Cuiabá, já o secretário de Saúde da capital, Larmatine Godói, rebateu e garantiu que o fechamento ocorreu porque a administração municipal resolveu reformar outra ala, e corrigir a obra no telhado, para evitar uma nova queda.
A justiça determinou ao Estado a transferência dos mais de 40 pacientes do pronto-socorro de Várzea Grande, que estão nos corredores, para outros hospitais, independente de serem conveniados ao Sistema Único de Saúde (SUS).
Henry criticou a decisão e alegou que isto é pagar duas vezes a mesma conta.
Comentários