Médicos de 22 Estados suspendem atendimento pelo SUS nesta terça
Em protesto contra a baixa remuneração e as más condições de trabalho, médicos de 22 Estado brasileiros suspenderão os atendimentos eletivos pelo Sistema Único de saúde (SUS) nesta terça-feira. Os atendimentos eletivos são exames, consultas e outros procedimentos não emergenciais.
De acordo com o Conselho Federal de Medicina, no Piauí, um dos Estados que fará a manifestação, o protesto deve se estender por 72 horas. Em Santa Catarina a paralisação nos atendimentos deve ocorrer durante a tarde e durar cerca de uma hora. Em São Paulo, somente médicos de algumas unidades devem participar da manifestação.
No Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul, Paraná, Tocantis, Distrito Federal e Roraima não deve haver paralisação nos atendimentos, mas em todos os estados foram programadas manifestações públicas em protesto contra a precariedade da rede pública.
"Com a mobilização queremos chamar a atenção das autoridades para a necessidade de mais recursos para a saúde, melhor remuneração para os profissionais e melhor assistência à população", afirma o segundo vice-presidente do CFM, Aloísio Tibiriçá Miranda.
Além das urgências e emergências estarem garantidas nos Estados onde se optou pela paralisação, os atendimentos prejudicados serão remarcados. "Queremos dizer à população que o movimento é a favor da saúde", reforçou Tibiriçá.
Os médicos, que são servidores concursados pelas Secretarias de Saúde, reclamam que os salários estão defasados e não correspondem à responsabilidade, dedicação e aos preparos exigidos. De acordo com o CFM, evantamento informal feito pelas entidades médicas mostra que a média do salário-base pago ao profissional com contrato de 20 horas semanais fica em R$ 1.946,91. Os valores oscilam de R$ 723,81 a R$ R$ 4.143,67.
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