Delegado nega participação em Chacina
Os quatro acusados de participação na “Chacina de Matupá”, julgados nesta segunda-feira (24) pelo Tribunal do Júri da Comarca do município (695 km a norte de Cuiabá), foram ouvidos durante a manhã. Todos alegaram inocência. O primeiro a prestar depoimento foi Antonio Pereira Sobrinho, conhecido como “Tonho”, que está sendo acusado de participação nos homicídios de Ivacir Garcia dos Santos, 31, Arci Garcia dos Santos, 28, e Osvaldo José Bachinan, 32, em novembro de 1990. Em seu depoimento, ele negou ter fornecido gasolina e incitado a população, afirmando que chegou após a chacina.
José Antônio Correia foi o segundo réu a falar. Ele responde pelas mesmas acusações de Antonio Pereira Sobrinho. Correia confirmou ao juiz ter apenas chutado uma das vítimas, pois já havia ocorrido muitos assaltos e tinha medo que sua família também fosse vítima de situação semelhante.
Roberto Konrath foi o terceiro réu a prestar depoimento. Ele é apontado como a pessoa que desalgemou as vítimas para que fossem mortas e por balear um dos homens. Em seu depoimento afirmou ter tirado as algemas das vítimas, mas atribuiu parte da culpa ao PM responsável pela escolta.
O último e mais aguardado depoimento foi o do delegado de Peixoto de Azevedo da época, Enio Carlos Lacerda. O ex-delegado afirmou que os fatos narrados pela denúncia não são verdadeiros e que não estava em Matupá no momento da chacina, chegando quando a confusão tinha acontecido. (Ascom TJ).
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