O cacique foi preso a pedido do Ministério Público Federal (MPF) que entendeu que a principal testemunha de acusação não compareceu ao julgamento por ter sido coagida pelo indígena. A sessão do júri chegou a começar, mas foi suspensa logo após a prisão do réu. Os advogados que defendem o réu alegaram que a prisão é irregular.
A Justiça Federal de Mato Grosso já definiu os 25 jurados que vão compor o próximo Tribunal do Júri do cacique Marvel. Sete pessoas podem ser escolhidas. A defesa e a acusação podem recusar até três jurados sem motivação. O novo julgamento do cacique está marcado para o dia 16 de novembro deste ano.
O caso
O cacique foi denunciado pelo MPF por homicídio qualificado e chegou a ser preso como o autor do crime. No entanto, em 2006 conseguiu liberdade. Conforme consta da denúncia, o índio era na época cacique da aldeia Tritopa, em Água Boa, onde o servidor Floriano Márcio Vieira Guimarães fazia a demarcação das terras.
A vítima, o cacique e um outro indígena foram até a cidade de Nova Nazaré, a 269 km de Cuiabá, e a caminho da aldeia Tritopa a vítima foi degolada pelo cacique da tribo com um canivete, de acordo com a denúncia do Ministério Público. O corpo de Floriano Márcio Guimarães foi encontrado na aldeia por um indígena. A motivação do crime seria por disputa de terras na região.
A família do funcionário morto aguarda há dez anos pelo esclarecimento do crime. As filhas dizem que até hoje não sabem por que o pai foi assassinado.
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