“A lei não é para carros roubados, mas, sim, para não documentados. Ela tinha um intuito muito claro. Era para cadastrar os carros e arrecadar impostos ao país”, declarou a consulesa, destacando que a lei durou apenas 15 dias.
Entretanto, alguns deputados disseram que, eventualmente, os carros roubados no estado podem ter sido legalizados no país. O estado tem 983 quilômetros de fronteira com o país vizinho. “A lei criou um clima de insegurança em relação aos roubos de automóveis no estado”, comentou o deputado Emanuel Pinheiro (PR). A consulesa garantiu que o país não deve reeditar uma lei semelhante a esta.
Legalização
No mês de junho deste ano, o presidente Evo Morales decidiu legalizar na Bolívia os veículos importados que estavam rodando sem documentos. A medida foi bastante criticada por autoridades brasileiras. Segundo uma estimativa da Polícia Civil, cerca de 20% dos carros roubados no estado são levados para a Bolívia.
A consulesa também comentou que a Polícia Federal do Brasil enviou uma lista de 2 mil carros irregulares para a Bolívia com o objetivo de barrar a legalização de carros roubados. Ela disse que esta foi a forma encontrada para evitar a entrada de carros ilegais no país. “Ainda não sabemos quantos destes carros foram retidos pela polícia boliviana e podem retornar ao Brasil”, finalozou.
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