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O diferencial de base no preço do boi gordo entre Mato Grosso e São Paulo deixa um prejuízo de mais de mais de R$ 510 milhões
Base de preço da arroba prejudica MT
A Associação dos Criadores de Mato Grosso – ACRIMAT – dá inicio a uma discussão que pode provocar a mudança da base de referência do preço médio da arroba do boi gordo pratica hoje. O Indicador de Preços do Boi Gordo Esalq/BM&FBOVESPA é uma média diária ponderada de preços à vista do boi gordo no estado de São Paulo, com levantamento feitos pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), em Araçatuba (SP) e serve como base para os preços da arroba do país. “Não podemos permitir que o produtor de Mato Grosso tenha que seguir regras vindas de Araçatuba na hora de vender o seu gado e esse modelo criado para compensar as perdas com o transporte de gado até São Paulo não se justifica mais”, disse o superintendente da Acrimat, Luciano Vacari.
Nos últimos 8 anos o diferencial de base nos preços da arroba do boi gordo entre Mato Grosso e São Paulo é de 14,5 %. Fazendo um demonstrativo de um carregamento de carne numa carreta com capacidade de transporte de 27 toneladas com um frete de R$ 4,43 por arroba de Mato Grosso para São Paulo, isento do ICMS, podemos observar o que vem acontecendo com esse modelo de diferencial de preços. Comparando o valor do preço da arroba praticado no mês de outubro de R$ 98,04 em São Paulo com o de Mato Grosso a R$ 87,07, e levando em consideração o diferencial de base deste mês que ficou em 12,68%, mais o custo do transporte de R$ 4,43 por tonelada sobra nesse processo um percentual de 8,1%. “Essa conta simples mostra que o produtor de Mato Grosso está perdendo mais de 8% do preço da arroba do boi gordo e se levamos em consideração que no ano passado foram abatidas 4,5 milhões de cabeças de gado, com 16,5 arrobas em média, o que representam 74 milhões de arrobas, com uma perda de 8% de R$ 86,00, por exemplo, o pecuarista de Mato Grosso esta perdendo R$ 510 milhões e isso também não é repassado para o preço final da carne pago pelo consumidor”, analisa Vacari.
Para a Acrimat hoje não existe mais a necessidade desse diferencial já que estão instaladas indústrias frigorificas para abater gado produzido no Estado. Antigamente o gado seguia vivo para São Paulo numa carreta com capacidade de transportar 27 toneladas, equivalente a 30 cabeças de boi gordo em pé, depois, essa mesma carreta, transportava o gado abatido nos frigoríficos de Mato Grosso e seguiam com a carcaça equivalente a 100 cabeças de gado, hoje essa carreta transporta 27 toneladas de carne, sem osso, o que equivale a 200 cabeças de boi gordo. “Qualquer conta que a gente faça o produtor de Mato Grosso está perdendo e está mais do que na hora de mudar essa formula de base de preço da arroba”, disse o superintendente da Acrimat.
A expectativa é que o diferencial de preços siga regras parecidas com a comercialização da soja, onde a base do preço do produto é a distancia do porto. O preço da saca da soja de Sinop, por exemplo, custa R$ 39,00 o que equivale 7,7% a menos que a de Rio Verde - GO (R$ 42,00/sc) e 23,1% menor que a do Planalto Central - RS (R$ 48,00/sc). “Temos que pensar em regionalizar os preços da arroba do boi gordo e essa é uma discussão que vamos levar adiante, pois temos que pensar que as coisas mudaram e não podemos utilizar de uma formula criada há quase 20 anos”, pontuou Luciano Vacari.
Nos últimos 8 anos o diferencial de base nos preços da arroba do boi gordo entre Mato Grosso e São Paulo é de 14,5 %. Fazendo um demonstrativo de um carregamento de carne numa carreta com capacidade de transporte de 27 toneladas com um frete de R$ 4,43 por arroba de Mato Grosso para São Paulo, isento do ICMS, podemos observar o que vem acontecendo com esse modelo de diferencial de preços. Comparando o valor do preço da arroba praticado no mês de outubro de R$ 98,04 em São Paulo com o de Mato Grosso a R$ 87,07, e levando em consideração o diferencial de base deste mês que ficou em 12,68%, mais o custo do transporte de R$ 4,43 por tonelada sobra nesse processo um percentual de 8,1%. “Essa conta simples mostra que o produtor de Mato Grosso está perdendo mais de 8% do preço da arroba do boi gordo e se levamos em consideração que no ano passado foram abatidas 4,5 milhões de cabeças de gado, com 16,5 arrobas em média, o que representam 74 milhões de arrobas, com uma perda de 8% de R$ 86,00, por exemplo, o pecuarista de Mato Grosso esta perdendo R$ 510 milhões e isso também não é repassado para o preço final da carne pago pelo consumidor”, analisa Vacari.
Para a Acrimat hoje não existe mais a necessidade desse diferencial já que estão instaladas indústrias frigorificas para abater gado produzido no Estado. Antigamente o gado seguia vivo para São Paulo numa carreta com capacidade de transportar 27 toneladas, equivalente a 30 cabeças de boi gordo em pé, depois, essa mesma carreta, transportava o gado abatido nos frigoríficos de Mato Grosso e seguiam com a carcaça equivalente a 100 cabeças de gado, hoje essa carreta transporta 27 toneladas de carne, sem osso, o que equivale a 200 cabeças de boi gordo. “Qualquer conta que a gente faça o produtor de Mato Grosso está perdendo e está mais do que na hora de mudar essa formula de base de preço da arroba”, disse o superintendente da Acrimat.
A expectativa é que o diferencial de preços siga regras parecidas com a comercialização da soja, onde a base do preço do produto é a distancia do porto. O preço da saca da soja de Sinop, por exemplo, custa R$ 39,00 o que equivale 7,7% a menos que a de Rio Verde - GO (R$ 42,00/sc) e 23,1% menor que a do Planalto Central - RS (R$ 48,00/sc). “Temos que pensar em regionalizar os preços da arroba do boi gordo e essa é uma discussão que vamos levar adiante, pois temos que pensar que as coisas mudaram e não podemos utilizar de uma formula criada há quase 20 anos”, pontuou Luciano Vacari.
Fonte:
Assessoria
URL Fonte: https://arenapolisnews.com.br/noticia/50560/visualizar/
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