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Quinta - 27 de Outubro de 2011 às 23:21

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Reprodução/TV Clube
Fernanda Lages Veras, 19 anos, foi encontrada morta na futura sede do Ministério Público Federal do Piauí em agosto
Fernanda Lages Veras, 19 anos, foi encontrada morta na futura sede do Ministério Público Federal do Piauí em agosto

O governador do Piauí, Wilson Nunes Martins, pediu ao Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que a morte da estudante de direito Fernanda Lages Veras, 19 anos, seja investigada pela Polícia Federal (PF). O pedido foi feito durante encontro realizado nesta quarta-feira (26). A jovem foi encontrada morta no prédio da nova sede do Ministério Público Federal (MPF), em Teresina.

De acordo com o Ministério da Justiça, o pedido do governador foi aceito pelo ministro, que encaminhou o caso para a PF. A corporação deve requerer informações sobre a morte em breve.

No documento, Martins pede que policiais federais analisem o inquerito instaurado pela Polícia Civil para apurar o caso. No pedido, o governador alegou que o caso vem causando grande comoção em todo o estado, ganhando repercussões em redes sociais e na imprensa.

O governador ainda citou o empenho da polícia estadual em esclarecer o ocorrido, mas que as conclusões do inquérito Policial vêm sendo colocadas sob suspeição por integrantes do Ministerio Público Estadual (MPE). "Em verdade, desde o inicio das investigações as opiniões dos promotores vêm questionando os procedimentos adotados pala Polícia Judiciária, divergindo das conclusões e providências técnicas adotadas, acarretando desgastes entre as instituições", disse Martins no pedido encaminhado ao ministro.

A investigação policial
Um dos quatro homens detidos durante a investigação da morte da estudante de direito foi solto na sexta-feira (14), segundo informações da Defensoria Pública do estado. O ajudante de pedreiro José Francisco Feitosa foi liberado após ação da defensoria, que alegou que ele não poderia ficar preso sendo testemunha.

Feitosa e os outros três detidos trabalhavam na obra do MPF, onde a estudante de direito foi encontrada morta. Eles haviam sido detidos na quarta-feira (12) após a investigação encontrar contradições em seus depoimentos.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública, os quatro (dois vigilantes, um pedreiro e o ajudante) estavam no local na hora do crime e disseram em depoimento que não viram o que houve.

Contradições
Após duas reconstituições, a perícia apontou que seria difícil os funcionários, que estavam acordados no momento, não terem ouvido o barulho. “A polícia chegou à conclusão, após simulações, que está havendo contradição no depoimento deles sobre o caso. Eles dizem que não viram o que houve, mas sabemos que não foi isso. Eles estão sendo omissos, dizem ‘não sabemos nada’. A prisão deles é temporária, para prestar novo depoimento”, disse, então, o secretário de Segurança do Piauí, Raimundo Leite. “Não sabemos ainda o motivo de eles estarem mentindo, então iremos confrontar os depoimentos novamente e tentar esclarecer o que houve”, acrescentou o secretário.

Segundo a Defensoria Pública do Piauí, o relaxamento da prisão foi pedido após Feitosa prestar novo depoimento como testemunha, e não suspeito, após a detenção dele.

Segundo o secretário, foram quebrados os sigilos telefônicos da jovem, de amigos dela e de pessoas relacionadas com o caso.

O MP divulgou que a morte de Fernanda se trata de um caso de homicídio doloso (com intenção de matar) e que laudos da perícia apontam que ao menos dois homens estariam envolvidos no crime. Ainda de acordo com o MP, a estudante teria sido jogada do 5º andar do prédio da obra, um espaço aberto onde há um mirante e uma mureta de 1,4 metros de altura.

O resultado de exames periciais no corpo da estudante mostra que a morte foi consequência da queda, segundo o MP. O DNA de dois homens foi encontrado no local e deve ser analisado.





Fonte: Do G1

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