Para Rui, demora na regularização fundiária emperra desenvolvimento
Mesmo elencando a logística como prioridade para o desenvolvimento do agronegócio em Mato Grosso, o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado (Famato), Rui Prado, demonstrou uma preocupação especial com a regularização de terras. Ele reconhece que existem avanços na questão, mas a velocidade com que eles acontecem está longe de ser a ideal.
Conforme Prado, o impasse tem prejudicado os produtores rurais. “Quando a documentação da propriedade está correta, temos mais recursos, liberação de crédito e mais condições de financiamento”, explicou em entrevista especial no quadro de Romilson Dourado no RDTV desta sexta (28).
Para ele, é necessário fazer uma discriminatória, ou seja, um levantamento em cada propriedade para saber quem está ocupando qual área. Desta forma, também seria possível quantificar as terras que estariam à disposição do governo federal para a realização de uma reforma agrária. Prado defende que a política é importante.
“Não adianta fazer assentamentos e jogar as pessoas em terras ruins e ainda, sem condições de saúde e educação. O Brasil precisa fazer uma reforma agrária, mas dando aos produtores condições de produzir esse é o X da questão”, avaliou o presidente.
Dentro da questão, ele ainda manifestou uma certa preocupação com a concentração de terras nas mãos de estrangeiros. Prado esclarece que não é contra, mas que é necessário cautela. “Se chegar uma época de crise, eles podem demitir todos os funcionários da Fazenda, voltar para seu país e deixar a terra lá, o que não acontece com os produtores brasileiros”, explicou.
Comentários