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Cidades
Sexta - 01 de Novembro de 2013 às 11:46

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A operacionalização e a definição da vinda para Rondonópolis de duas Unidades Móveis para atender mulheres em situação de violência nas áreas rurais do município e da região sul do Estado foram discutidas em uma Reunião Ampliada na tarde desta quinta-feira (31), no auditório do Palácio da Cidadania. Os dois veículos foram doados para o Estado pela Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República (SPM-PR) aos governos estaduais.
 
O objetivo da reunião ampliada em Rondonópolis foi de informar aos parceiros do projeto e às trabalhadoras da zona rural a função dessas unidades móveis, que visam acolher, orientar e acompanhar as mulheres vítimas de violência doméstica e familiar da zona rural e da floresta.
 
"A vinda destas duas unidades móveis nos ajudará a levar atendimento às mulheres nas localidades onde residem, invertendo a lógica de que a população que vem ao encontro do poder público. Enfim, irá nos ajudar a enfrentar a violência doméstica e familiar cometida contra as mulheres", afirma o secretário municipal de Promoção e de Assistência Social, Eduardo Duarte.
 
Além do secretário estiveram presentes na reunião ampliada o promotor de Agricultura Familiar do município, Renato Mendes; a Superintendente de Políticas para Mulheres em Mato Grosso, Ana Emília Iponema Brasil Sotero; a secretária de Mulheres da Fetagri (Federação dos Trabalhadores Agricultura do Estado de Mato Grosso), Maria Glória Borges; a presidente do Conselho de Defesa dos Direito das Mulheres, Mara Oliveira; e representantes das Polícias Militar e Civil, além dos Sindicatos de Trabalhadores Rurais de Rondonópolis e de outros municípios da região.
 
O promotor de Agricultura Familiar, Renato Mendes, parabenizou a iniciativa e se colocou como parceiro desta ação que levará informações a essas mulheres que vivem no campo. “Processo de sensibilização e mobilização para que, de fato, o serviço aconteça em nosso município, pois será um instrumento que contribuirá para o avanço de combate à violência contra as mulheres que vivem longe da cidade".
 
As unidade móveis já estarão disponíveis para atender ao município a partir do dia 25 de novembro. Estes veículos levarão equipes multidisciplinares, que farão atendimento psicológico, social, jurídico, orientação e assistência em geral. E, conforme Mara, o objetivo da reunião foi discutir com os parceiros envolvidos no projeto, como a Secretaria Municipal de Assistência e Promoção Social, a promotoria de Agricultura Familiar e os representantes dos sindicatos a operacionalização destas duas unidades móveis.
 
“Entre os objetivos do encontro, além de divulgar a vinda dos dois veículos, foi discutir as estratégias e ações que serão realizadas com a vinda das unidades móveis, bem como a elaboração dos roteiros dos veículos, que ficarão a cargo, principalmente dos representantes dos sindicatos, que conhecem mais do que ninguém a realidade da sua região”.
 
Neste complexo de atendimento às mulheres, serão disponibilizados diversos serviços psicossociais pela equipe multidisciplinar. “O Governo do Estado de Mato Grosso, por meio da Superintendência Estadual de Políticas para Mulheres/SETAS, tem a missão de articular e coordenar com os demais parceiros a integração para que unidos enfrentemos a violência contra a mulher. Com essas parcerias, vamos ter avanços no trabalho em defesa das mulheres mato-grossenses”, destacou Ana Emília.
 
Doação de veículos
 
A entrega dos veículos atende uma reivindicação da Marcha das Margaridas, de 2011, realizada em Brasília por mulheres dos movimentos sociais do campo de todo país, que pediu reforço na oferta de serviços públicos para aplicação da Lei Maria da Penha no campo e na floresta. Na época, as lideranças solicitaram dez veículos, os quais foram ampliados, dois por Estado e do Distrito Federal.
 
“Estas duas unidades, que é resultado de uma luta do movimento de mulheres, irão ajudar a conter os altos índices de violência contra as mulheres”, aponta a secretária de movimento de Mulheres da Fetagri, Glória Maria, acrescentando que essa é uma luta que tem de ser de todos, pelo fim da impunidade dos agressores. “O país esperou 513 anos para que uma política de enfrentamento à violência contra as mulheres do campo tomasse forma", completa.





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