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Economia
Sexta - 28 de Outubro de 2011 às 20:00

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Para aumentar a oferta de produtos agrícolas brasileiros e melhorar a produtividade, o Ministério da Agricultura vai investir na "classe média rural". Mas não com recursos do governo. A ideia, de acordo com o ministro interino da Agricultura, José Carlos Vaz, é capacitá-los para buscar investimentos no setor privado.

Os médios produtores do país deverão compor um cadastro nacional para que o ministério saiba quem são e onde estão. Depois, serão capacitados a conhecer os recursos do meio financeiro.

Uma das estratégias será fechar uma parceria com a BM&F Bovespa para que eles participem de gravames -quando colocam a propriedade e os produtos agrícolas como garantia do investimento.

Vaz esteve em um evento na manhã desta sexta-feira em Ribeirão Preto (313 km de SP) em que se discutiu o planejamento estratégico da agricultura no Brasil.

Segundo o ministro, a safra atual brasileira é a maior em produção e também em custos produtivos. Para Vaz, o Brasil precisa ampliar a produtividade investindo em máquinas e implementos agrícolas, mas também reservando parte dos recursos para ter como se precaver de crises internacionais.

"Não podemos deixar de investir em tecnologia nem deixar de ter dinheiro em caixa", disse.

TAXAS TRIBUTÁRIAS

A competitividade no mercado interno das máquinas agrícolas nacionais pode ficar ameaçada com a constante entrada de produtos estrangeiros, de acordo com o presidente da Csmia (Câmara Setorial Máquinas e Implementos Agrícolas), Celso Casale.

As importações no setor somaram US$ 557,4 milhões de setembro do ano passado a setembro deste ano -o valor é 68% maior do que no período anterior. Os dados são da Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas Agrícolas) e do Sindimaq (Sindicato Nacional das Indústrias de Máquinas).

Para Casale, caso as taxas tributárias não sejam reduzidas, aumentando a competitividade do produto brasileiro, a alternativa será produzir fora do país.

"Dependemos de uma linha de crédito apropriada para crescermos. Se não baixar [os impostos], a alternativa será produzir fora do país", disse Casale.






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