Pequim pede que UE elimine medidas contra calçados chineses de couro
O Ministério de Comércio da China pediu neste domingo à UE (União Europeia) que respeite as recomendações da OMC (Organização Mundial de Comércio) e elimina o mais cedo possível suas medidas "discriminatórias" contra calçados de pele curtida impostados do país.
De acordo com o jornal chinês oficial "Diário do Povo", o porta-voz do Ministério, Shen Danyang, afirmou que a "China espera que a UE trate justamente as companhias chinesas exportadoras e que mantenha uma relação comercial China-UE normal".
As declarações vieram à tona depois de a OMC censurar impostos europeus sobre as importações de calçados de couro chineses, por considerar que as cobranças são "inconsistentes" com as obrigações e compromissos internacionais.
A conclusão do grupo especial criado para avaliar a disputa veio 20 meses depois de Pequim entrar com pedido de consultas que abordassem o que considerava ser um tratamento tarifário injusto a suas exportações no mercado europeu.
Entre 1995 e 2005, a UE impôs restrições tarifárias às importações de calçados chineses e começou a aplicar medidas antidumping aos produtos durante dois anos a partir de outubro de 2006.
A resolução da OMC veio em um momento em que as grandes economias ocidentais buscam investimentos chinesas para superar suas crises. O premiê Wen Jiabao disse que qualquer ampliação de apoio do país à Europa teria que passar pelo reconhecimento da China como economia de mercado, o que faria diminuir as acusações contra a nação asiática de vender seus produtos abaixo do preço de mercado.
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