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Educação
Terça - 01 de Novembro de 2011 às 07:48
Por: Ericksen Vital

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UFMT_Cuiabá (Foto: Arquivo TVCA)

UFMT aprovou cotas para alunos carentes e negros.
(Foto: Arquivo TVCA)

A Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) vai destinar 50% das 5.128 vagas para os estudantes oriundos de escolas públicas já a partir de 2012. A decisão do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Consepe) foi anunciada no começo da noite desta segunda-feira (31), após mais de seis horas de discussões. Trinta e dois conselheiros votaram a favor, nove foram contra e houve quatro abstenções.

Neste último ano, a instituição destinou 100% das vagas para os alunos que fizeram o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). A partir do próximo ano, pela proposta aprovada, 50% das vagas serão para alunos de escolas públicas. Deste total, 20% serão para estudantes negros também oriundos de escolas públicas.

Segundo o pró-reitor de Cultura, Extensão e Vivência da UFMT, Fabrício Carvalho, os conselheiros entenderam que podem integrar a cota os alunos que estudaram integralmente nos ensinos fundamental e médio em colégios públicos. “Procuramos corrigir uma distorção histórica existente no ensino superior brasileiro”, comentou o pró-reitor.

A proposta aprovada, segundo lembrou o pró-reitor, vai valer pelo período de 10 anos. Ele explicou que a instituição atendeu a uma recomendação do Ministério Público Federal (MPF) ao aprovar a política de cota socioeconômica. Ele disse que a manutenção ou não da cota nos próximos anos deverá ser avaliada anualmente pelo Consepe.

Realidade atual
Segundo dados da UFMT, ao menos 56% dos 24.528 acadêmicos matriculados na instituição neste ano são alunos que concluíram o ensino médio em escolas públicas. Contudo, segundo entendimento da reitoria, a cota vai diminuir uma distorção em relação aos cursos mais concorridos, como medicina e direito, que possuem respectivamente apenas 7% e 20% dos alunos oriundos de escolas públicas.

Esta não foi a primeira vez que a UFMT discutiu a criação de um sistema de cota. Segundo o vice-reitor Francisco Souto, o Consepe aprovou em 2003 a criação de sistema de vagas baseado em questões étnicas e socioeconômicas. “No entanto, ela [a cota] só foi estabelecida de fato muito timidamente apenas em relação à questão indígena, que é um programa que tem acontecido na UFMT”, comentou. 





Fonte: Do G1 MT

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