Auditor de Pernambuco mostra falta de planejamento em obras

A garantia de correções caso as obras não sejam executadas com a devida qualidade também existe no setor público, que tem o direito de reclamar dos problemas. A afirmação foi feita pelo auditor do TCE de Pernambuco e diretor técnico do Instituto Brasileiro de Auditoria de Obras Públicas (Ibraop), Euci Pessoa, em entrevista ao RDTV nesta segunda, 1º de novembro.

A preocupação está mais evidente com o número de obras realizadas para a Copa de 2014. O auditor está em Cuiabá para participar do XIV Simpósio Nacional de Auditoria de Obras Públicas (Sinaop), que será realizado de 7 a 11 de novembro, no Centro de Eventos Pantanal.

O auditor conta que problemas em relação às ações para o evento não acontecem apenas em Mato Grosso, mas também em Pernambuco e em todo o país. Segundo ele, a principal preocupação é a falta de planejamento e projeto para as obras.

Outra questão polêmica que vai estar em pauta no simpósio diz respeito ao Regime Diferenciado de Contratações (RDC), que, de acordo com o auditor, pode acarretar em superfaturamentos. Ele afirma que, por conta dessas lacunas e possibilidades, o Ibraop foi contra a aprovação do RDC. Agora, o regime será discutido em oficina no simpósio, mas o auditor ressalta que os gestores podem continuar se baseando na antiga Lei 8.666, de 1993, para permitir mais transparência.

“Em Pernambuco o principal problema é a demora no início das obras. Não digo que não começou, já há sim obras sendo realizadas, mas muitas ainda estão por começar. Aquelas que já começaram têm limitações de planejamento. As que ainda serão licitadas não são obrigadas a seguir o RDC, como foi feito em Porto Alegre, por exemplo”, finalizou.