Estudo descarta ligação entre droga para hiperatividade e infarto
Um amplo estudo realizado com mais de um milhão de crianças e jovens adultos demonstrou não haver um risco maior de ataque cardíaco entre as pessoas que tomam medicamentos para TDAH (transtorno de deficit de atenção e hiperatividade).
"Este amplo estudo demonstrou não haver evidências de que o uso corrente de um medicamento TDAH esteja associado a um risco ampliado de eventos cardiovasculares sérios", destacaram os autores do estudo, publicado na edição desta terça-feira do "New England Journal of Medicine".
Segundo especialistas, a pesquisa deverá pôr um fim às preocupações levantadas há alguns anos nos Estados Unidos e no Canadá sobre os potenciais riscos cardíacos de se dar aos jovens medicamentos estimulantes, como a ritalina.
Um total de 1,2 milhão de pessoas com idades entre 2 e 24 anos participaram da pesquisa, conduzida por William Cooper, dos departamentos de pediatria e medicina preventiva da Universidade Vanderbilt, em Nashville, Tennessee.
A análise incluiu crianças com problemas cardíacos congênitos, um grupo supostamente com um risco maior de sofrer ataque cardíaco ou acidente vascular cerebral.
Os cientistas não conseguiram descobrir a existência de qualquer risco maior em comparação com crianças que não fazem uso destes medicamentos.
Segundo Andrew Adesman, chefe de pediatria comportamental e desenvolvimental do Centro Médico do Hospital Infantil Steven & Alexandra Cohen, em Nova York, os dados "são em geral bastante tranquilizadores" e alinhados com estudos anteriores e menores.
"Este novo estudo novamente não encontrou associação entre tratamento com medicamento estimulante e morte súbita cardíaca, infarto do miocárdio ou derrame", disse Adesman, que não participou do estudo.
As descobertas, segundo ele, devem dar "mais tranquilidade a famílias e clínicos",
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