Aproximadamente R$ 600 milhões serão reservados pelos mato-grossenses para pagamento de dívidas até o final do ano. O montante corresponde a 40% dos R$ 1,55 bilhão que serão injetados na economia até dezembro, proveniente do pagamento dos salários de novembro e dezembro, além do 13º pela iniciativa privada e o poder público. A estimativa é da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Mato Grosso (Fecomércio/MT).
De acordo com o primeiro vice-presidente da entidade, Hermes da Costa, o momento será favorável para o consumidor reestabelecer o crédito junto às empresas. "Para o consumidor é bom porque ele tem a possibilidade de reabilitar o crédito. Para o comércio, a prestação de serviços, a vantagém é que fomentará os negócios", declarou, ao G1.
Em Mato Grosso, a federação estima que do universo de R$ 1,55 bilhão a iniciativa privada deve ser responsável pela transferência do maior volume: R$ 800 milhões. Já o poder público, ao qual estão vinculados órgãos dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, nas esferas federal, estadual e municipal, outros R$ 750 milhões.
O total que deve circular neste ano na economia de Mato Grosso é maior em comparação ao de 2010. "Neste ano o valor é maior. Ano passado, tivemos aproximadamente R$ 1,3 bilhão e a soma aumentou em quase R$ 200 milhões. Uma das razões é que a remuneração melhorou bastante e as empresas estão pagando melhor", acrescentou o vice-presidente.
O momento favorável da economia estadual, que registrou crescimento de 62% na criação de empregos, também é apontada pelo dirigente como responsável pelo incremento do volume na economia estadual. Entre janeiro a setembro, na comparação com o mesmo período do ano passado, as admissões avançaram de 30.322 a outros 49.231, conforme o Cadastro Nacional de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego.
A agropecuária responde pelo posto de principal gerador de emprego no estado: 14.313 novos postos. O saldo é resultado da diferença entre as 75.022 vagas e das 60.709 demissões.
Dica
Para os especialistas, disciplina é a palavra de ordem na hora de decidir a melhor maneira de investir o dinheiro a ser recebido, por exemplo, com o 13º salário. "Muitas pessoas optam em primeiramente fazer o pagamento das contas e depois a locação financeira em algum tipo de aplicação. É importante que a pessoa tenha primeiramente a disciplina", destacou Aladiah Bandeiras, consultor financeiro.
De acordo com o consultor, é preciso definir quais as prioridades. "Vai depender muito do perfil de cada um. Alocar uma parte deste dinheiro em aplicações financeiras para que no futuro, ele com os rendimentos que obterá e com mais alguns aportes que ele venha a fazer, gere um montante maior e faça com que eles possa comprar coisas mais importantes
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