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Polícia
Segunda - 07 de Novembro de 2011 às 10:27

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A constante atuação do Grupo Especial de Fronteira (Gefron), da Polícia Militar, nas estradas que ligam Mato Grosso à Bolívia, não tem conseguido impedir as ações dos traficantes de drogas. No total, o grupo precisa vigiar 983 quilômetros de fronteira. As ações do Gefron ganharam reforço na fiscalização, mas ainda não é o suficiente.

Após a alteração promovida pelo Governo boliviano na legislação do país, que permitiu a regularização de carros que circulavam pelo país de forma clandestina, a preocupação do Governo brasileiro aumentou.
 
Segundo a PM, os carros roubados no Brasil são usados como pagamento aos cartéis bolivianos. Em troca, as quadrilhas trazem drogas e armas.
 
Apesar de o Governo da Bolívia afirmar que todos os carros roubados serão identificados, apreendidos e enviados de volta ao Brasil, as organizações criminosas acabaram ganhando mais chances de efetuar, com sucesso, suas ações.
 
As quadrilhas estão cada vez mais ousadas, usando estradas clandestinas, conhecidas como "cabriteiras", para fugir da fiscalização nas rodovias e ingressar ilegalmente em território nacional, e truques como o transporte de entorpecentes dentro de peças de artesanato ou camuflados em fundos falsos veículos.
 
Somente neste ano, o Gefron já apreendeu, em ações na fronteira, 149 mil quilos de entorpecentes, entre maconha e pasta-base de cocaína - maiores exportações feitas pela Bolívia para o Brasil. Além disso, 104 armas foram apreendidas, bem como 1,7 mil munições. Ao todo, 336 boletins de ocorrência já foram registrados neste ano. Dentre estes, 29 foram por porte/posse ilegal de armas, 29 por posse de entorpecentes e tóxicos, 70 por contrabando e 33 por veículos recuperados, localizados ou apreendidos no momento da receptação.
 
Entre os veículos apreendidos, o Gefron já somou 52 unidades, entre motos, caminhões, carretas, carros de passeio, caminhonetes e embarcações.
 
Grandes somas de dinheiro também foram apreendidas. Nos últimos 10 meses, foram recolhidos R$ 112,8 mil, além de US$ 310,9 mil e pouco mais de 1,2 mil pesos bolivianos.
 
Em busca de diminuir os crimes de fronteira, o Governo Federal lançou, no início de junho deste ano, um Plano Estratégico de Fronteiras (Enafron), que visa a melhorar o Plano de Segurança do Estado de Mato Grosso.
 
Agora, o Gefron conta com o auxílio das Forças Armadas para atuar nas operações em áreas fronteiriças.
 
Os objetivos centrais do plano são a redução dos índices de criminalidade e o enfrentamento ao crime organizado, por meio da atuação integrada das instituições dos ministérios da Justiça e da Defesa, além da cooperação com os países que fazem fronteira com o Brasil.
 
Criado em 2003 para desencadear ações de combate ao tráfico de drogas, contrabando e descaminho de bens e valores, roubo e furto de veículos e invasões de propriedades localizadas na fronteira do Estado com a Bolívia, o Gefron conta com quatro pontos fixos de fiscalização, conhecidos como Posto do Limão, Avião Caído, Vila Cardozo e Matão.
 
Os policiais ainda contam com as barreiras móveis. A fim de percorrer as estradas e "cabriteiras", que somam 750 quilômetros e ligam os dois países, o grupo conta com caminhonetes, motos e ônibus.
 
Além disso, o Gefron conta com um barco para cobrir os 233 quilômetros de região alagada. Em 2010, os homens ganharam o reforço de um helicóptero para ajudar na fiscalização.





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