Mortandade de macacos em bairro de Cuiabá alerta para febre amarela
Uma mortandade de macacos colocou as autoridades de saúde em alerta em Cuiabá. Entre os dias 21 a 28 foram registradas 11 mortes de macacos, no bairro Jardim Aquárius, ao lado do Coophema, região sul de Cuiabá. O Ministério da Saúde considera que a partir de uma única morte de macacos, deve-se alertar para a possível ocorrência de casos de febre amarela humana. A morte de macacos em quantidade é considerado um indicativo forte da presença da doença.
A Secretaria de Saúde informou que já fez a coleta dos macacos mortos para encaminhamento ao laboratório de referencia diagnóstico. Também começou a pesquisar a possível presença do vetor em todos os imóveis, residenciais ou não, na área onde houve a morte de macacos.
As autoridades de saúde pedem a população que evitem alimentar macacos ou mantê-los vivendo próximos as casas.
A febre amarela é uma doença viral, infecciosa, febril e aguda, de curta duração (no máximo de 12 dias) e gravidade variável. Pode se apresentar desde uma infecção leve, até formas graves e fatais, com um período de incubação que varia de 3 a 6 dias. A doença pode ser transmitida de homem a homem pelo mosquito do gênero Aedes (o mesmo da dengue).
Os sintomas mais comuns são: insuficiência de fígado e rins, com quadro febril agudo (até 7 dias), acompanhado de icterícia (cor amarelada) e/ou manifestações hemorrágicas, podendo evoluir para óbito em aproximadamente uma semana.
Todos os profissionais e estabelecimentos de saúde são obrigados a notificar imediatamente os casos suspeitos à autoridade sanitária local. Por se tratar de doença grave, cujas medidas de controle são urgentes, o mais importante é a vacinação das pessoas sem comprovação vacinal nos últimos dez anos.
A Secretaria de Saúde do Município já adotou medidas iniciais para investigar o caso, com busca ativa na área e vacinação das pessoas que não estejam vacinadas ou com estado vacinal ignorado. As pessoas também estão recebendo orientação quanto aos procedimentos em caso de suspeita.
Para evitar a febre amarela, a recomendação é de manter a situação vacinal regular. A vacina tem validade de dez anos. Os proprietários de imóveis devem eliminar os criadouros do mosquito Aedes.
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