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Política
Terça - 08 de Novembro de 2011 às 00:00

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Cinco meses após deixar o cargo, o ex-ministro-chefe da Casa Civil Antonio Palocci sofreu hoje uma "censura ética" da Comissão de Ética da Presidência da República.

A Folha revelou, em maio, que Palocci aumentou em 20 vezes o seu patrimônio entre 2006 e 2010. No período, ele exercia atividades de consultor privado.

Palocci alegou sigilo para não revelar sua lista de clientes. O potencial conflito de interesse entre sua atividade privada e suas funções na Casa Civil, que envolvem poderes sobre todas as áreas do governo, forçou sua queda.

Ex-ministro da Fazenda no governo Lula, Palocci comandou a arrecadação da campanha de Dilma e era o mais poderoso ministro do governo. Cabia a ele a articulação política do Planalto com a base aliada no Congresso.

A decisão da comissão de ética derivou-se de um caso específico: o fato de ele ter alugado um imóvel, em São Paulo, registrado em nome de uma empresa controlada por um laranja.

A aplicação da "censura ética" não implica, contudo, em nenhuma restrição prática contra Palocci. Ficará apenas uma registro formal de que ele teve problemas éticos no exercício do cargo. Mas Palocci continua podendo, por exemplo, ser nomeado para um cargo público.

A Folha também revelou, em outubro, que a Comissão de Ética da Presidência omitiu a abertura de investigação contra Palocci. O fato só tornou-se conhecido após a divulgação da ata da reunião, realizada em junho, que decidiu pela investigação.

O caso do aluguel do apartamento em São Paulo motivou a abertura de um inquérito policial. Em Brasília, a evolução patrimonial de Palocci é investigada em um inquérito civil instaurado pela Procuradoria da República no Distrito Federal.

Em meio à crise política, e antes de Palocci sair do cargo, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, negou um pedido de investigação formulado por partidos de oposição.

 






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