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Cidades
Quarta - 09 de Novembro de 2011 às 21:57

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O Sindicato Rural de Sinop (SRS) é a favor da instalação das Usinas Hidrelétricas no Rio Teles Pires. Essa é a informação do vice-presidente do SRS, Antonio Galvan. A entidade apoia o Ministério Público Estadual (MPE) para a organização de audiência pública sobre os impactos ambientais, econômicos e sociais da usina. Segundo Galvan, alguns fatores devem ser discutidos com a sociedade antes da implantação.

“São pontos primordiais que afetam diretamente nossos produtores e famílias”, ressalta.
Galvan explica que uma grande área produtiva será afetada com o alagamento do rio e não haverá mais produção. Ele alerta ainda que produtores e famílias da região, onde será instalada a usina em Sinop, podem ficar sem indenização. A área passa por demanda judicial que interfere no pagamento. “Até o momento ninguém tocou no assunto. Eles podem ficar sem dinheiro (indenização), sem terras e sem a oportunidade de viver dela”.
A audiência marcada da para o último dia 07 foi cancelada pela Justiça Federal por não atender o prazo legal de publicação que é de no mínimo 45 dias antes do evento.
HIDROVIA
A principal bandeira do SRS é a instalação da hidrovia Teles Pires Tapajós. “Temos que discutir para que sejam construídas juntas as usinas e as eclusas para a navegação no rio”, ressalta o vice-presidente. Segundo a lei 6733/97, que institui a política nacional de recursos hídricos, a navegabilidade deve ser priorizada no uso das águas públicas.

”É protegido por lei e temos que colocar como foco. Além disso, o custo da obra unificada sofre redução de mais 80% do valor”, afirma.
O médio norte de Mato Grosso concentra aproximadamente 50% da produção agrícola do Estado, somando cerca de 11 milhões de toneladas de soja. No raio de 350 quilômetros de Sinop, centraliza-se 90% de toda produção de Mato Grosso. Com a instalação da hidrovia nessa região, a redução dos gastos com frete também beneficiará o consumidor final. “Estaremos perto do porto o que aumentaria nossa competitividade. Assim, o alimento chegará mais barato na mesa dos brasileiros”.


Segundo Galvan, somente com produção do médio norte o setor economizará aproximadamente R$1 bi/ano em frete no comparativo do rodoviário para o hidroviário a Santarém (PA). “É o modal mais economicamente viável, menos poluente e que vai gerar menos vítimas fatais, como nas estradas”, ressalta. Além disso, Galvan explica que os benefícios, como a geração de emprego e impostos que movimentarão a economia da região, serão contínuos.

Comparativo de custos com frete:
 

Custos com frete em R$/ton

BR-163 ao porto de Santarém

Santarém, pela hidrovia Teles Pires-Tapajós

Redução de custos %

Diamantino

178,42

90,26

- 49,41

Nova Mutum

165,11

76,84

- 53,46

Lucas do Rio Verde

154,88

66,61

- 56,99

Tapurah

167,42

78,16

- 53,32

Sorriso

148,06

60,12

- 59,39

Nova Ubiratã

157,08

68,81

- 56,19

Sinop

138,93

50,66

- 63,54

(Dados Movimento Pró-Logística)

 

*Custos atuais pela BR-163 ao porto de Santos

Custos com frete em R$/ton

BR-163 ao porto de Santos (Parte em rodovia e outra em Ferrovia)

Diamantino

204,05

Nova Mutum

209,77

Lucas do Rio Verde

219,89

Tapurah

226,16

Sorriso

227,15

Nova Ubiratã

235,73

Sinop

235,95

(Dados Movimento Pró-Logística)






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