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Polícia
Domingo - 13 de Novembro de 2011 às 15:33

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Duas crianças de 10 e 6 anos foram ameaçadas pelo pai com uma espingarda no bairro Jardim União em Cuiabá. O funileiro, 30 anos , foi preso em flagrante após a mãe dos menores acionar a Polícia Militar. Ela relatou, em depoimento prestado na Central de Flagrantes, que estava trabalhando quando recebeu uma ligação da filha pedindo por socorro.

No telefone, a menina relatou que o pai chegou em casa muito agressivo e alcoolizado, desferiu um soco no rosto dela e a ameaçou, dizendo que iria "afogá-la, enforcá- la, furá-la com uma faca e ainda atirar na cabeça da mesma". Ele ainda teria apontado uma espingarda contra a cabeça da garota.

As agressões e ameaças foram presenciadas pelo irmão caçula da menina, de apenas 6 anos. Ele ainda teria se ajoelhado aos pés do pai e implorado pela vida da irmã, pois temia que ele disparasse contra a mesma. Segundo a mãe, que tem 26 anos, esta não é a primeira vez que o suspeito ameaça os filhos. Ela contou que, quando bebe, o funileiro fica agressivo, ameaça e agride a família. Há 6 anos, a mulher denunciou o mesmo pelo crime de tentativa de homicídio após ser vítima de agressões.

Prisão: O acusado foi localizado dentro da casa da família na rua
Salgado Filho, no bairro Jardim União. No quarto, os policiais encontraram a espingarda calibre 32 usada para ameaçar as crianças. Estava escondida em cima do guarda-roupas. Também foram encontradas no local 10 munições intactas e uma deflagrada.

Durante o depoimento prestado à Polícia Civil, o funileiro confirmou que, após sair do trabalho, passou em um bar e bebeu cervejas e doses de pinga. Depois foi para casa "meio sonolento". Porém, negou ter ameaçado os filhos com a arma. Ele disse que comprou a espingarda de um tio, e que a mesma ficava guardada em casa.

Flagrante - O acussado foi autuado em flagrante pelo crime contra os filhos e a posse da arma. O caso será acompanhado pela Delegacia dos Direitos da Criança e Adolescente da capital (Dedica). A mulher dele decidiu representar e solicitou medidas protetivas da Justiça, já que o acusado teria ameaçado se vingar após deixar a prisão. O pedido foi encaminhado para a Vara de Violência Doméstica para garantir a integridade dela e dos filhos, que ficaram sob os cuidados dos avós.

Pela Lei Maria da Penha, que entrou em vigor em setembro de 2006, o agressor não pode se aproximar da vítima. Caso desrespeitar a determinação, é preso em flagrante. Neste caso, ele pode ficar detido até 3 anos, pena que antes era de apenas 1 ano.
 






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