Pai ameaça matar filhos e acaba preso em Mato Grosso
No telefone, a menina relatou que o pai chegou em casa muito agressivo e alcoolizado, desferiu um soco no rosto dela e a ameaçou, dizendo que iria "afogá-la, enforcá- la, furá-la com uma faca e ainda atirar na cabeça da mesma". Ele ainda teria apontado uma espingarda contra a cabeça da garota.
As agressões e ameaças foram presenciadas pelo irmão caçula da menina, de apenas 6 anos. Ele ainda teria se ajoelhado aos pés do pai e implorado pela vida da irmã, pois temia que ele disparasse contra a mesma. Segundo a mãe, que tem 26 anos, esta não é a primeira vez que o suspeito ameaça os filhos. Ela contou que, quando bebe, o funileiro fica agressivo, ameaça e agride a família. Há 6 anos, a mulher denunciou o mesmo pelo crime de tentativa de homicídio após ser vítima de agressões.
Prisão: O acusado foi localizado dentro da casa da família na rua
Salgado Filho, no bairro Jardim União. No quarto, os policiais encontraram a espingarda calibre 32 usada para ameaçar as crianças. Estava escondida em cima do guarda-roupas. Também foram encontradas no local 10 munições intactas e uma deflagrada.
Durante o depoimento prestado à Polícia Civil, o funileiro confirmou que, após sair do trabalho, passou em um bar e bebeu cervejas e doses de pinga. Depois foi para casa "meio sonolento". Porém, negou ter ameaçado os filhos com a arma. Ele disse que comprou a espingarda de um tio, e que a mesma ficava guardada em casa.
Flagrante - O acussado foi autuado em flagrante pelo crime contra os filhos e a posse da arma. O caso será acompanhado pela Delegacia dos Direitos da Criança e Adolescente da capital (Dedica). A mulher dele decidiu representar e solicitou medidas protetivas da Justiça, já que o acusado teria ameaçado se vingar após deixar a prisão. O pedido foi encaminhado para a Vara de Violência Doméstica para garantir a integridade dela e dos filhos, que ficaram sob os cuidados dos avós.
Pela Lei Maria da Penha, que entrou em vigor em setembro de 2006, o agressor não pode se aproximar da vítima. Caso desrespeitar a determinação, é preso em flagrante. Neste caso, ele pode ficar detido até 3 anos, pena que antes era de apenas 1 ano.
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