Erro grave põe em liberdade homem preso por cometer dois homicidios
Um grave erro do sistema prisional do Estado acabou colocando em liberdade um homem que estava preso por roubo e dois homicídios. Luiz Rogério Araújo da Silva recebeu alvará de soltura no dia 27 de outubro e deixou a Penitenciária Central do Estado, antigo Pascoal Ramos, no último dia 9, porém constava contra ele outro mandado de prisão, que impediria sua liberdade.
O alvará de soltura é relacionado ao crime de roubo, pelo qual Luiz Rogério fora preso no início deste ano. O documento fora expedido pelo juiz Douglas Bernardes Romão, da comarca de Nova Mutum, mas nele o magistrado colocou a seguinte observação: “o réu deverá permanecer preso em razão de processo que tramita na Segunda Vara Criminal de Cuiabá”.
De acordo com o advogado de defesa do rapaz, Paulo Roberto Gomes dos Santos, o primeiro erro foi na digitação do alvará, pois o processo citado pelo juiz na verdade tramita na 12ª Vara da capital, no qual Luiz Rogério é acusado de dois homicídios qualificados.
O advogado argumenta ainda que um segundo erro foi o que realmente levou seu cliente a liberdade. A falta de checagem correta dos dados e informações por parte dos responsáveis pelo cumprimento dos alvarás. “Quem leu o alvará deveria ter checado. A pessoa possivelmente não checou direito”, afirmou o advogado, durante entrevista ao Olhar Direto.
Para o advogado, o erro se agrava ainda mais pelo fato de o rapaz ser usuário de drogas e agora ser considerado um foragido da justiça. “Agora ele (Luiz Rogério) está exposto como foragido da justiça”. disse.
O envolvimento do presidiário com drogas é considerado tão grave que os dois homicídios pelos quais é acusado foram motivados por problemas com entorpecentes. Conforme o advogado de defesa, a promotoria já co
gitava, inclusive, a possibilidade de internar o rapaz para reabilitação.
Segundo Paulo Roberto, esta não é a primeira vez que erros como esse ocorrem no sistema prisional de Mato Grosso. “Há cerca de três semanas outro preso foi liberado da mesma forma. Não checaram como deveria”, denunciou o advogado.
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