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Política
Terça - 15 de Novembro de 2011 às 19:15

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O Tribunal de Contas da União (TCU) constatou problemas na obra de duplicação da BR-364, um dos trechos mais perigosos do estado. Os auditores que acompanharam a perfuração de 89 placas de concreto da rodovia 364 na Serra de São Vicente descobriram que pavimentação está com uma espessura menor do que a determinada no projeto.

De acordo com a licitação vencida pela Delta Construções, cada placa deveria ter 25 centímetros. Das amostras analisadas, na pista de rolamento do lado direito, 12 têm espessura menor. Já no lado esquerdo foram 21 placas estão com tamanho irregular. Por causa desses indícios de superfaturamento, o TCU mandou o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) reter R$ 4 milhões que seriam repassados para a empresa que irá executar a obra.

A assessoria da empreiteira Delta Construções informou que as falhas já foram corrigidas. Segundo a empresa, as obras estão em fase de acabamento. A previsão é liberar os 17 quilômetros, que estão em obra, até o dia 20 de dezembro. Serão restaurados mais 27 km e duplicados oito quilômetros da rodovia.

O TCU cobrou também explicações sobre a fiscalização considerada deficiente. A suspeita é de que as medições foram fraudadas pela Delta Construções. Segundo o relatório, não deveriam ter sido aceitas pelo Dnit em razão da qualidade deficiente. Apesar desses problemas, o TCU autorizou que as obras continuassem. Mas o secretário de controle externo do TCU, Carlos Augusto Ferraz, avisa que a execução irregular causou danos maiores aos cofres públicos e a sociedade. “Um rodovia que teria uma vida útil de 20 anos a 30 anos, com a redução da espessura da placa diminuiria para 15 anos a 10 anos”.

O superintendente do DNIT em Mato Grosso, Luiz Antônio Garcia, destaca que já foi determinado a quebra de diversas placas que estavam com inconformidade. “Não corremos risco de ter uma obra de péssima qualidade. Pelo contrário, temos um segmento pronto, com mais de dois anos de trafego intenso que não apresenta nenhuma irregularidade”, finalizou. 





Fonte: Do G1 MT

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