Ônibus foi parado e multado antes do acidente que matou dez
O ônibus que tombou na rodovia Floriano Rodrigues Pinheiro (SP-123) matando dez passageiros na tarde de terça-feira (15), em Pindamonhangaba, havia sido parado e multado pela PRF (Polícia Rodoviária Federal) em Goiás.
O motorista estava com a carteira de habilitação vencida e a empresa dona do ônibus não tinha autorização da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) para fretar veículos de turismo, segundo a PRF.
Viajavam no ônibus um grupo de romeiros que voltavam a Santo Antônio do Descoberto (GO) depois de uma visita à basílica de Nossa Senhora Aparecida, em Aparecida (180 km de SP).
O ônibus tombou depois de bater em uma mureta da estrada. O acidente deixou 37 feridos, além dos dez mortos.
Segundo a PRF, o ônibus foi parado em uma blitz na BR-040, perto de Valparaíso de Goiás, quando iniciava a viagem em direção a São Paulo.
Os policiais emitiram multa de R$ 191 ao motorista, que estava com a carteira vencida, e de R$ 4.913,20 à empresa de transporte El Shaday Transporte e Turismo Limitada, que não tinha licença da ANTT.
Como o ônibus tinha um segundo motorista, foi liberado para que voltasse a Santo Antônio do Descoberto, que estava a cerca de 40 km do local, segundo a PRF.
Os motoristas, no entanto, decidiram fazer um caminho alternativo para desviar o posto da PRF e seguiram viagem.
Segundo a Gerência de Transporte Fretado de Passageiros da ANTT, a El Shaday havia solicitado credenciamento no órgão no dia 1º de novembro. No entanto, o pedido foi negado uma semana depois por falta de documentação.
A reportagem não conseguiu localizar os responsáveis pela empresa El Shaday.
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