As vendas de cestas natalinas em Mato Grosso devem aumentar cerca de 10% neste final de ano na comparação com o mesmo período do ano anterior. A previsão é da Associação de Supermercados de Mato Grosso (Asmat), que destaca ainda uma alta no preço dos produtos comestíveis comercializados tradicionalmente no Natal. O mesmo percentual é estimado para as vendas totais de fim de ano com relação a 2010. “Mas quando falamos em aumento real, descontando a inflação do período, devemos ter um avanço de 3% nas vendas este ano”, pontuou o presidente da Câmara de Dirigente Lojista (CDL Cuiabá), Paulo Gasparoto.
Segundo o presidente da Asmat, Kássio Catena, as lojas estão finalizando as compras dos produtos. Apesar do otimismo, o representante do setor alerta que o aumento da competitividade em Cuiabá e Várzea Grande fez reduzir o tíquete médio das vendas. O índice de queda ficou em torno de 8%. Segundo ele, a abertura de novas unidades, principalmente de atacados, diluiu o faturamento das empresas. “Tivemos aumento de consumo mas o rendimento ficou dividido entre os supermercados já existentes e os novos”. Para o consumidor, essa competitividade não interfere nos preços. “Como são produtos sazonais, o abastecimento dos estoques é feito com cautela para não sobrar. Normalmente as empresas já trabalham com lucro reduzido para que a comercialização seja acelerada”, explicou.
Preços
Com a intenção de atender a todos os gostos e bolsos, os supermercados de Mato Grosso oferecem ao consumidor produtos diversificados que serão usados para compor a ceia natalina. Os preços variam de R$ 20 a R$ 500, de acordo com estimativa da Asmat. “O que vai definir os valores são os produtos acrescentados”, afirma a gerente de marketing de uma rede de supermercados em Cuiabá, Marineide Vieira.
Segundo ela, os estabelecimentos do grupo estão oferecendo duas opções para o consumidor: montar a sua própria cesta ou de comprá-la pronta com preço inicial de R$ 47 a unidade. “A segunda alternativa sairá mais barata para o consumidor”. Ela acredita que as vendas devem aumentar em torno de 20% porque o cliente terá alternativas para presentear amigos e funcionários. Ela ressalta ainda que os pedidos já agendados confirmam a estimativa de aumento. “Dessas encomendas 90% são empresários que querem presentear os colaboradores”.
Dicas
A economista Luceni Grassi aconselha que os consumidores pesquisem os preços antes de concluir a compra. Segundo ela, para economizar, além de procurar em vários lugar o mesmo produto, o consumidor deve antecipar as compras. “O tempo é primordial para garantir um melhor preço. Quem prefere praticidade acaba pagando mais caro”. A montagem de cestas natalinas é uma opção que pode reduzir o valor do presente. “O consumidor compra o que quer onde achar mais barato”. Outra alternativa é a troca de produtos importados por nacionais ou regionais.
Aos comerciantes, a CDL-Cuiabá indica que o planejamento do estoque é fundamental nesta época do ano. “Estar atento às novidades e programar o volume estocado na medida certa, para que não sobre nem falte. O estoque mal planejado provoca perdas ao lojista: se faltar, provoca insatisfação no cliente; se sobrar, o capital fica parado”, aponta o presidente da entidade.
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