Haddad elogia projetos tucanos, mas critica FHC
Em evento organizado pelo sindicato dos metalúrgicos do ABC em São Bernardo do Campo, Haddad afirmou que "é preciso reconhecer a excelência da Fundação Paula Souza", responsável pelas escolas profissionalizantes paulistas. E disse que o governo federal pretende apoiar a fundação para ampliar o número vagas nas Fatecs e Etecs.
As escolas técnicas foram usadas como exemplo na campanha do PSDB à Presidência, no ano passado.
"Governos anteriores preferiam prejudicar a população a apoiar governadores e prefeitos que não fossem de partidos da base aliada. Na educação acabamos com essa política. Nós apoiamos a criança, o jovem, o trabalhador, independentemente de quem esteja à frente do governo estadual e municipal", justificou Haddad.
Diego Shuda/Folhapress | ||
O ministro Fernando Haddad, em evento de sindicato em São Bernardo do Campo |
FOGO CONTRA FHC
O ministro, entretanto, fez críticas ao governo FHC.
"O primeiro eixo do Pronatec [programa recém-lançado pelo governo federal para a educação profissional] será recuperar o tempo perdido", disse. "Imaginem vocês que havia uma lei da época do governo Fernando Henrique Cardoso proibindo a expansão da rede federal de ensino profissional."
Haddad afirmou que a lei vigorou de 1998 a 2004, quando foi revogada.
"A partir de 2005 nós demos impulso ao maior programa de expansão da rede federal já realizado", disse.
SISTEMA S
A gestão dos recursos do Sistema S --que financia atividades do Sebrae, Senai e Senac-- também foram alvo do ministro. Esses recursos vêm de contribuições pagas pelos empregadores sobre a folha de pagamentos e são geridas por entidades empresariais.
"Esse dinheiro não é privado, é financiado com recursos do contribuinte, é público", disse Haddad.
A participação na gestão desses recursos é uma das reivindicações de sindicalistas desde o primeiro mandato do presidente Lula. O governo chegou a sugerir mudanças, mas a proposta acabou engavetada por enfrentar forte resistência de empresários.
"Queremos republicanizar os recursos do Sistema S. Eles são controlados pela CGU e TCU, mas carece de controle social", afirmou Haddad. "Nós queremos mais transparência e maior participação dos trabalhadores na gestão desses recursos".
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