Travesti e comparsa pegam 25 anos por morte de empresário
Vinte e cinco anos de prisão em regime inicialmente fechado. Essa é a pena para o travesti Huanderson Barbosa Moura, 18, a “Sndy” e seu companheiro, Rômulo Victor Cardoso de Melo, 20, acusados de terem matado o empresário Dabul Pompeo de Barros, 48, em Cuiabá para roubarem sua caminhonete, uma S-10 que seria repassada para um boliviano e o dinheiro seria usado para “turbinar” Sandy com um implante de silicone. O crime ocorreu no dia 27 de abril deste ano e o julgamento nesta segunda-feira (21). A senteça é do juiz da Sexta Vara Criminal, de Várzea Grande, Newton Franco de Godoy.
O Ministério Público Estadual (MPE) também denunciou pelo crime, Marcos Antônio da Paixão, que foi condenado a 5 anos e 4 meses de prisão e será será monitorado, mas poderá recorrer em liberdade. Contra ele foi sustentada a prática de roubo majorado pelo concurso de pessoas, já que ele venderia o carro produto do latrocínio, a S-10 do empresário.
Quanto a um quarto denunciado pelo MP, Rogério Prudêncio Belém, seu nome não é citado na sentença do juiz. Rogério era o farmaceutico que teria vendido o medicamento usado pela travesti para dopar o empresário em um motel, o conhecido golpe do boa noite cinderela, e ainda a ensinado como preparar, confome informou à época, o delegado Silas Tadeu Caldeiras, que atuava na Delegacia Especializada em Roubos e Furtos de Veículos (Derfva).
Relembre o caso:
O crime foi praticado na noite de 27 de abril, quando o empresário teria combinado um programa com a travesti no Zero Quilômetro em Várzea Grande. Em depoimento, ela afirmou que o plano era pegar qualquer cliente que tivesse uma caminhonete e levasse até um motel. Após o programa ela dopou a vítima e chamou seu comparsa que agrediu o empresário e ajudou a abandonar o corpo numa vala no bairro Barreiro Branco, região do CPA, próximo a casa da travesti e seu companheiro.
O corpo foi localizado pela manhã e logo depois a caminhonete próxima a casa de Sandy, pois um boliviano que intermediaria a venda fugiu após a repercussão do crime na imprensa. No mesmo dia os dois foram presos e a princípio negaram o crime, mas depois confessaram o crime a acusaram Marcos de ser o mentor do plano.
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