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Política
Terça - 22 de Novembro de 2011 às 15:03

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O deputado Carlos Bezerra (PMDB-MT) defende a necessidade de renovação do programa federal Procaminhoneiro, reduzindo a alíquota para importação e facilitando o acesso dos autônomos aos financiamentos.

“O Brasil depende excessivamente do transporte rodoviário de cargas, e a idade média da nossa frota de caminhões chega a 22 anos, três vezes maior do que a registrada, por exemplo, nos Estados Unidos”, argumenta o deputado.

Conforme dados da Confederação Nacional do Transporte (CNT), foram vendidos no País, no ano passado, cerca de 170 mil caminhões novos. Este ano, a comercialização desses veículos segue em alta, numa projeção de que, ao final do ano, será ainda maior.

Segundo Bezerra, parte desse crescimento se deve ao Procaminhoneiro, um plano de incentivo à renovação da frota que integra o Programa de Sustentação do Investimento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), e que será estendido até o final de 2012.
“As prorrogações são bem-vindas, mas não o paulatino aumento da taxa de juros, na prática, torna o incentivo menor, além da exigência de aporte de pelo menos 10% do valor do bem, que prejudica os caminhoneiros autônomos”, observa o deputado.

Outro aspecto que deve ser considerado, para acelerar a renovação da frota rodoviária de carga, é a redução da alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados na importação de caminhões.
Para o deputado, um grande número de autônomos sequer pôde aderir ao Procaminhoneiro, por não preencher os requisitos do BNDES para a concessão dos financiamentos, “e essa é uma das questões que precisam ser examinadas no momento em que se prepara uma nova prorrogação”.

O Procaminhoneiro teve seu melhor desempenho em 2010, financiando R$ 6,5 bilhões, em operações com o valor médio de R$ 130 mil. Este ano, a procura pelo crédito está mais baixa, e não porque não exista demanda de novos caminhões – ao contrário, as listas de espera nas revendas preveem prazos entre seis meses e um ano.

O setor desfrutava de alíquota zero, mas agora está sujeito aos mesmos 30% cobrados dos automóveis no caso de veículos que não tenham pelo menos 65% de partes e peças produzidas no Brasil ou em países com os quais existem acordos automotivos.

“Nossa dependência do transporte rodoviário de cargas é um problema que não será resolvido em curto prazo. Devemos fazer o possível, portanto, para que tal modalidade se torne cada vez mais eficiente, e isso exige, é claro, uma frota mais moderna”, disse Bezerra.


 






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